O secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, divulgou uma mensagem em que lamenta a morte do cantor Agnaldo Timóteo, ocorrida nesse sábado (3/4). “Mais uma perda inestimável para a classe artística”, disse Marcos Apolo. O artista brasileiro foi vítima da Covid-19.
A mensagem do secretário está acompanhada de uma foto dele ao lado de Agnaldo Timóteo. No texto, ele lamentou as partidas decorrentes da pandemia. “Triste ver grandes artistas partindo, triste ver amigos e conhecidos ainda morrendo por conta da covid-19”, escreveu.
Marcos Apolo destacou que Agnaldo Timóteo era “uma das vozes mais bonitas e conhecidas” do país. “Mais uma perda inestimável para a classe artística, para a música brasileira. Meus sinceros sentimentos à família, amigos e fãs deste grande artista”, disse.
O secretário reforçou a necessidade de cuidados na pandemia. “Usem máscara, álcool em gel sempre, evitem aglomerações, proteja-se”, recomendou.
Carreira
Agnaldo Timóteo faleceu aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava hospitalizado desde o dia 17 de março. A notícia foi confirmada em nota publicada pela família do artista.
“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu às complicações decorrentes da covid-19 e faleceu hoje às 10h45. Temos a convicção que Timóteo deu o seu melhor para vencer essa batalha e a venceu. Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações”, disse a família.
Mineiro de Caratinga, o cantor foi ainda jovem para o Rio em busca de oportunidades, onde foi ajudado pela cantora Ângela Maria, Gravado o seu primeiro disco em 1961, aos 25 anos de idade.
Agnaldo era dono de uma voz potente. De acordo com a Agência Brasil, sua carreira foi se fortalecendo, até estourar nas paradas em 1967, com o disco Obrigado Querida, com a canção Meu Grito, de Roberto Carlos, ficando em primeiro lugar nas principais rádios do país. O disco veio ainda com dois grandes sucessos da sua carreira: Mamãe Estou Tão Feliz” (Mamma) e Os Verdes Campos da Minha Terra. Segundo o próprio Agnaldo, Meu Grito consolidou a sua carreira.
Sua popularidade era baseada em um repertório romântico e na potência vocal. Tinha público cativo em todo o país, fazendo shows que lotavam os auditórios com seus fãs.
Gravou 64 discos em sua carreira. Em janeiro deste ano, comandou uma apresentação beneficente pela internet aos pés do Cristo Redentor, uma de suas últimas aparições públicas. Era torcedor fanático do Botafogo, clube que divulgou nota lamentando sua morte.
Política
O cantor também ocupou cargos na política. Em 1982, foi eleito deputado federal pelo PDT no Rio de Janeiro, com mais de 500 mil votos. Depois, ingressou no extinto PDS, cumprindo o restante de seu mandato.
Agnaldo se candidatou ao Governo do Rio, em 1990. Foi derrotado. Em 1993, transferiu-se para o extinto PPR. Voltou à Câmara Federal em 1995.
Em 1997, ele concorreu a uma cadeira na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pelo extinto PPB, alcançando a maior votação do partido.
Tentou a reeleição no pleito municipal de 2000, mas não obteve êxito. Transferiu-se para São Paulo e retomou a carreira política ao candidatar-se a vereador em 2004, pelo PP. Foi reeleito em 2008 para novo mandato como vereador paulistano, cargo do qual licenciou-se em 2010 para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Porém, obteve apenas uma suplência. Foi candidato à reeleição em 2012, mas não obteve votação suficiente. Deixou a atividade política para voltar a se dedicar à música.
