Manaus, 25 de abril de 2024

Amazônia

Foto: Reprodução/Rede Globo
Foto: Reprodução/Rede Globo Foto: Reprodução/Rede Globo

Caprichoso e Garantido manifestam apoio a povos indígenas vítimas do garimpo ilegal na Amazônia

Pajé do Caprichoso citou Yanomamis e Garantido, os Mundurukus.

Da redação

Os bois de Parintins, Caprichoso e Garantido, manifestaram apoio aos povos indígenas que vêm sofrendo ataques em suas terras, devido a presença dos garimpos ilegais. O boi da estrela fez um protesto, durante a live, no último sábado (22/5). Já o bumbá vermelho e branco publicou uma nota de solidariedade, nesta quinta-feira (27/5).

Durante sua apresentação na live ‘Boi de Rua – Tradição Caprichoso’, no sábado, o pajé do Caprichoso, Erick Beltrão, fez um protesto contra os garimpeiros que têm atacado as terras do povo Yanomami, em Roraima.

Com a réplica de uma motosserra na mão, ele disse: “Yanomami luta, Yanomami sofre, Yanomami sangra ao genocídio do garimpo. Deixem a terra dos Yanomanis em paz!”.

Pajé do Caprichoso, Erick Beltrão, usou motosserra para denunciar ataques ao povo Yanomami. Foto: Pedro Coelho/Boi Caprichoso

Nesta quinta-feira, a Associação Folclórica Boi Bumbá Garantido (AFBBG) publicou uma nota de solidariedade, demonstrando preocupação com os fatos ocorridos na terra Munduruku, no Pará. A instituição citou a líder Maria Leusa Munduruku, que luta contra os garimpos ilegais nas terras do povo Munduruku.

“É marca da resistência popular contra a subversão da existência de seu povo e da cultura dos povos da floresta. O Boi Garantido entende que o lucro não pode estar acima do que nos faz humanos. Não podemos preservar a vida colocando nosso DNA a procura do ganho. Sob efeito de uma ordem cuja meta é o sucesso material. Estamos com Leusa. Estamos com os Munduruku!”, escreveu o bumbá.

Boi Garantido divulgou Nota de Solidariedade ao povo Munduruku. Arte: Divulgação

Ataques

Maria Leusa Munduruku é liderança indígena e coordenadora da associação Wakoborũn. A casa dela foi incendiada por garimpeiros, conforme denúncias dos Mundurukus.

A residência está localizada na aldeia Fazenda Tapajós, no município de Jacareacanga, no Pará. A região é marcada por conflitos entre garimpeiros e indígenas.

Os indígenas afirmam que a casa da líder foi incendiada na tarde de quarta-feira (27/5). A residência da mãe dela também foi alvo dos ataques atribuídos a garimpeiros.

O Ministério Público Federal (MPF) informou que pediu apoio da Polícia Federal para identificar os responsáveis pelos crimes.

Indígenas também denunciam ataques e invasões às terras dos Yanomamis. No dia 10 deste mês, um ataque de garimpeiros com armas de fogo contra a comunidade deixou, pelo menos, cinco pessoas ficaram feridas, sendo quatro garimpeiros e um indígena. As informações foram divulgadas pela Associação Yanomami Hutukara.

No dia seguinte ao ataque, garimpeiros, a bordo de uma embarcação, fizeram disparos de armas de fogo contra a equipe de policiais federais que estava na Comunidade Palimiú, dentro da Terra Indígena (TI) Yanomami em Roraima. Os policiais estavam no local apurando o ataque ocorrido na manhã do dia 10.

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