A Estação das Docas, em Belém, capital do Pará, completa 21 anos de funcionamento nesta quinta-feira (13/5). Inaugurado em maio de 2000, o espaço é referência entre os complexos turísticos da Amazônia.
De acordo com o Governo do Pará, a Estação das Docas segue se firmando como um dos cartões postais que mais reflete a região amazônica. “Tal característica garante ao equipamento público o título de referência nacional em se tratando de complexo turístico”, destaca o Estado.
“Primeiramente, é uma felicidade grande poder comemorar aí 21 anos da inauguração da Estação das Docas, um projeto que começou no governo Jader Barbalho, no início da década de 90, quando o meu pai, André Dias, era presidente da Paratur. Foi nesse momento que foi assinado o primeiro contrato de cessão da área e se iniciaram os projetos para a construção desse marco para o nosso turismo que vem evoluindo, vem se repaginando e que agora, na atual gestão, trouxe uma série de inovações para o lazer na área e é sem dúvida um dos principais pontos turísticos da cidade e um dos principais motivos para os turistas virem a Belém. Vamos continuar trabalhando forte para manter o espaço atualizado, bem mantido e atrativo para que tanto o belemense quanto o turista possa ir lá desfrutar a nossa cultura, gastronomia e desfrutar esse espaço na frente do rio que é belo e muito agradável”, disse o secretário de Turismo, André Dias.
Atrativos turísticos
No local, o visitante encontra um espaço que oferece uma experiência completa com os principais componentes da cultura e gastronomia da Amazônia.
O complexo proporciona ao turista vivenciar as belezas naturais da região, com conforto e segurança, sendo o pôr do sol uma das atrações favoritas dos frequentadores.
Nos 500 metros de orla, do antigo porto de Belém, que completam a programação com um belíssimo passeio e vista para a Baía do Guajará, é possível encontrar três armazéns, distribuídos em 32 mil metros quadrados e um terminal para embarque e desembarque de passageiros.
O espaço conta, ainda, com o Anfiteatro São Pedro Nolasco.
O armazém 1 foi batizado como Boulevard das Artes – por abrigar o ‘Memorial do Porto’, uma exposição permanente de artefatos encontrados durante a construção do complexo. O mesmo armazém possui lojas com produtos como biojoias, roupas e artesanato regional. Além de uma cervejaria, e quiosques de tradicionais lanchonetes e sorveterias de Belém.
O armazém 2 é nomeado Boulevard da Gastronomia e comporta um mix de restaurantes, lanchonetes e sorveterias, com cardápios que vão de pratos típicos e tradicionais à culinária internacional.
Já o armazém 3 é o Boulevard de Feiras e Exposições, que tem como anexo o Teatro Maria Sylvia Nunes. O local é destinado a feiras, exposições, congressos, encontros, eventos sociais e variados.
Cultura
Como complexo turístico, gastronômico e cultural, a Estação das Docas respira cultura. Apresentações diárias, semanais e mensais, das diversas manifestações artísticas regionais como música, teatro e dança são ofertadas gratuitamente aos visitantes por meio de projetos culturais, fixos e por temporadas, como o cantando na Orla, Rock na Orla, Estação Junina, Estação Natal, Réveillon das Docas, programações especiais em datas comemorativas, entre outros.
Dentre os mais queridos pelo público está o Pôr do som, no qual grupos folclóricos realizam uma amostra dos ritmos amazônicos em uma combinação de música teatro e dança. As apresentações garantem ao público um verdadeiro espetáculo cultural.
Devido à pandemia da Covid-19, o único projeto cultural em execução no momento é o Projeto Música no Ar, que ocorre no Armazém 2, com apresentação de músicos paraenses, diretamente do Palco Deslizante. O curioso do projeto são os palcos móveis onde ocorrem as apresentações, que ficam suspensos dentro dos galpões. Originalmente, esses palcos funcionavam como transportadores de carga. O atual sistema é resultado da revitalização de uma estrutura metálica centenária.
Eventos
Requisitada para a realização de eventos, a Estação das Docas dispõe do Boulevard de Feiras e Exposições, espaço ideal para grandes eventos sociais, feiras e exposições.
Para atender congressos, espetáculos teatrais e shows há o Teatro Maria Sylvia Nunes, com capacidade de 426 lugares.
Para eventos menores, o complexo possui a Estação Business, sala com capacidade para 50 pessoas, ideal para palestras, cursos e reuniões.
Curiosidades históricas
A Estação das Docas é resultado de um cuidadoso trabalho de restauração do porto da capital paraense. Os três armazéns de ferro transportados da Inglaterra são uma mostra da arquitetura que predominava no Brasil, na segunda metade do século XIX.
Para defender a orla belenense, foi construído o Forte São Pedro Nolasco. Destruído, em 1825, após a Cabanagem, as suas ruínas foram revitalizadas e deram lugar ao Anfiteatro.
Dos Estados Unidos, datados do século XX, foram trazidos os guindastes externos, que são a marca registrada do complexo turístico.
A máquina a vapor – peça de museu em exposição – fornecia energia para os equipamentos do porto, em meados de 1800.
Pandemia
Em 21 anos de história, a Estação das Docas funcionou 364 dias por ano, com exceção do primeiro dia do ano. Neste cenário pandêmico, o local precisou fechar as portas por várias semanas, período em que também houve serviços de revitalização dos guindastes, guarda-corpo da orla e outras obras de manutenção. “Tudo para que os visitantes pudessem admirar a beleza da baía do Guajará em segurança”, ressalta o Governo do Pará.
A Organização Social Pará 2000, responsável pela administração do espaço, afirmou que tem se esforçado para manter a Estação das Docas em pleno funcionamento, assim como outros equipamentos turísticos que administra: Parque Zoobotânico Mangal das Garças e Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna.
“É uma honra presidir a Organização Social Pará 2000 e realizar a gestão de espaços tão importantes como a Estação das Docas. Foram muitos desafios nesse contexto de pandemia, mas chegamos aos 21 anos em pleno funcionamento, conseguindo nos adequar às normas de segurança sanitária e garantindo ao público este espaço de lazer e contemplação em tempos tão difíceis”, disse Antonio C. Sobrinho, presidente da OS Pará 2000.
Quando a situação da pandemia melhorar, a OS pretende realizar uma programação em comemoração ao aniversário do complexo do jeito que o público gosta: com muita música paraense e retorno dos projetos culturais fixos.
Atualmente, o espaço está aberto todos os dias com redução de 50% da capacidade. Para entrada e permanência no local, é obrigatório o uso de máscara e obediência ao protocolo de segurança contra a Covid-19.
SERVIÇO
Estação das Docas
Funcionamento pós-decreto: Aberto todos os dias com redução de 50% da capacidade
10h às 22h – Mix de lojas
10h à 00h – orla, restaurantes, lanchonetes e sorveterias
Endereço: Av. Boulevard Castilho França, S/N – Campina, Belém – PA