A Pinacoteca do Amazonas possui mais de 2 mil obras de artes. O acervo reúne peças de artistas plásticos locais, nacionais e internacionais. Há exposições de artistas do Clube da Madrugada, grupo que influenciou a cultura no Amazonas, incluindo as artes plásticas. Entre os artistas com obras no espaço estão Moacir Andrade e Silvino Santos.
O acervo museológico é composto por doações de artistas plásticos e aquisições realizadas pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC-AM) e pela Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). De acordo com a secretaria, a variedade de obras também se reflete na diversidade das técnicas usadas pelos artistas.
A Pinacoteca do Amazonas foi criada no dia 18 de junho de 1965, pela Lei n.º 233, no governo de Arthur Reis. O espaço surgiu para desenvolver, preservar e conservar o patrimônio artístico e cultural do Estado. O local teve Moacir Couto de Andrade como seu primeiro diretor.
A pinacoteca está classificada como museu de artes visuais, e pode manter exposições de artes plásticas e iconográficas de longa ou curta duração.
Acervo
Ao longo desses 55 anos, a pinacoteca reuniu um acervo de aproximadamente 2.300 obras de artes de artistas plásticos.
O espaço é composto por duas salas, com cerca de 270 obras de arte de 104 artistas, entre pinturas, gravuras, xilogravura, técnica mista, desenhos, impressão digital, instalações e esculturas. Segundo a Secretaria de Cultura, são obras clássicas, impressionistas, modernas e contemporâneas.
A exposição segue ordem cronológica e se articula a partir de vários eixos temáticos, essenciais para a compreensão do desenvolvimento das práticas artísticas no país. “Oferecendo, assim, um panorama abrangente da produção artística brasileira dos séculos XIX, XX, XXI (parede cereja)”, ressalta a SEC-AM.
Na Sala 1, estão 86 obras em exposição, de vários artistas, como: Vienot et Morisset, pintor francês que pintou ‘D. Pedro II’; Aurélio de Figueiredo, academismo e romantismo, no qual destaca-se ‘Último Baile da Ilha Fiscal e Banho de Ceci de 1900’; Haydéa Santiago, com a obra ‘Veranista de 1937’; Antônio Parreiras, com ‘Tormento de 1901’, a maior obra da Pinacoteca, e ‘Carnaval na Roça’, de 1904; Manoel Santiago, que foi desenhista, muralista, pintor, professor de artes, pintava paisagens, marinhas, nús, retratos, auto retrato e pintura de gênero, com ‘Cobra grande, Iara e Curupira’; Moacir Andrade, que em 1954 ajudou a fundar o Clube da Madrugada, tem 7 obras em exposição; a obra de Branco e Silva, sempre voltada ao estilo conhecido como Realismo Alegórico, quer fosse o gênero sacro ou paisagístico, apresentando o caráter místico e popular; o cineasta e fotógrafo Silvino Santos, com a obra ‘Cortador de Castanha’; a primeira obra doada à Pinacoteca, da artista alemã Marianne Overbeck, em 1965, ‘Menino Canoeiro’.
Conhecido internacionalmente como um dos mais importantes arquitetos paisagistas do século 20, Roberto Burle Marx tem 7 obras em exposição. Outros artistas com obras na Pinacoteca são Anísio Mello, Álvaro Pascoa, Afrânio de Castro, Rita Loureiro, Manoel Borges, Arnaldo Garcez, Brennand, Turenko Beça, Paulo Ricci, Da Silva da Selva, Otoni Mesquita, Bernadete Andrade, Van Pereira e Gualter Batista.
Com 184 obras, a Sala 2 destaca os vanguardistas Rubens Gerchman, Antônio Dias, Volpi, Ostrower, Anna Letícia, Caribé, Goeldi, Cícero Dias; Enéas Valle, formado na Staedel de Frankfurt, doutor em Comunicação e Cultura com a obra “Bytes”; Hahnemann Bacelar, autodidata, artista plástico rebelde e genial, um daqueles anarquistas clássicos que confundem a arte com a própria poesia, com 6 obras em óleo sobre tela e vários trabalhos em estudo em preto e branco; Roberto Evangelista, que participou de várias mostras nacionais e bienais internacionais, sendo premiado em diversos salões; Oscar Ramos, premiadíssimo artista plástico, designer e diretor de artes cinematográficas, assina como curador da atual exposição e tem 4 obras expostas; Jair Jacqmont (oficinas no Museu de Arte Moderna, Parque Lage-RJ) e professor de arte no Liceu Claudio Santoro, tem 4 obras em destaque; Manaus Macaco se apresenta com uma ‘Instalação em madeira e mista sobre tela’; Ademir Martins, que carrega a marca da paisagem do homem do Nordeste e interpreta o ser brasileiro, apresenta 3 obras.
Também se destaca Álvaro Páscoa, Sergio Cardoso, Nelson Falcão, os parintinenses Helem Rossi e Evanil Maciel, Zeca Nazaré, Eli Bacelar, Mario de Paula, Jandr Reis, Acácio Sobral, o cubano Roberto Fabelo, o italiano Roberto Sambonet, a peruana Rosamar Corcuera, a espanhola Roser Bru, Iolovitch, a escultora libanesa Odette Eid, dentre outros grandes nomes.
Visitas
Atualmente, os espaços culturais administrados pelo Governo do Amazonas estão com as visitas suspensas. Quando está recebendo visitas, de terça a sexta-feira, a Pinacoteca do Amazonas abre das 9h às 17h; aos sábados e domingos, o local atende das 9h às 14h. A entrada é gratuita.
Antes da pandemia, a Pinacoteca do Amazonas recebia visitas de cerca de 2.372 pessoas por mês.
Endereço
A Pinacoteca do Amazonas funciona dentro do Palacete Provincial, na Praça Heliodoro Balbi, Centro de Manaus, capital do Amazonas.
Contatos
O e-mail para contatos com o espaço é [email protected]; o telefone é o (92) 3631-6047.