Manaus, 29 de março de 2024

Amazônia

Foto: Kleber Junior/Ideflor-Bio
Foto: Kleber Junior/Ideflor-Bio Foto: Kleber Junior/Ideflor-Bio

Parque do Utinga vira berçário de animais com chegada do inverno no Pará

Vegetação do parque serve de abrigo e alimentação para a fauna.

Com informações da Agência Pará

O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, na Região Metropolitana de Belém, é um refúgio para espécies silvestres amazônicas. A chegada das chuvas do inverno anuncia o nascimento de inúmeras espécies, transformando o espaço em um verdadeiro berçário.

A vegetação do parque serve de abrigo e alimentação para a fauna. Os animais auxiliam no desenvolvimento vegetal polinizando flores, fertilizando o solo e dispersando sementes.

Na estação das chuvas, o Parque se renova. “O verde da vegetação viceja, deixa o clima bem mais ameno e o perfume de variadas florações se espalha generosamente por todo o território, brindando nosso olfato com agradabilíssimos aromas florais da natureza. Não que não haja nascimentos na estação mais seca, mas nas chuvas, a presença de filhotes é muito mais numerosa, nos diversos grupos faunísticos”, explica o gestor ambiental Augusto Jarthe.

Nesse período, pequenos pássaros canoros como as coleirinhas, bigodinhos, curiós e caboclinhos, são facilmente avistados no espaço. Jovens iguanas se movem pelos arbustos em busca de um território seguro e folhas e flores para sua alimentação e desenvolvimento. As pequenas presas também se transformam em alimentos para os filhotes de serpentes.

Nenhum grupo se compara aos milhares de sapinhos, rãs e pererecas que começam suas vidas contribuindo ativamente para o equilíbrio ecológico do parque. Esses animais controlam as populações de mosquitos, baratas, aranhas, e outros invertebrados.

A presença das espécies pode ser observada pelos visitantes, desde que os limites ambientais sejam respeitados. “Entendemos que o visitante do Parque do Utinga deve ser conscientizado em relação à importância da fauna no ecossistema, visto que faz parte de um dos maiores corredores ecológicos da região metropolitana. É uma Unidade de Conservação de Proteção Integral que guarda uma rica e importante biodiversidade, destacando a fauna nesse contexto da região metropolitana”, ressaltou Crisomar Lobato, engenheiro florestal e diretor de Gestão da Biodiversidade do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), que gerencia o parque.

Para Karla Bengston, presidente do Ideflor-Bio, é necessário criar mecanismos de sensibilização para conscientizar a população sobre o papel do meio ambiente na preservação da vida. “Principalmente pelo fato de que os nossos hábitos de vida trazem impacto sobre o meio ambiente. Sendo assim, torna-se imprescindível estimular uma reflexão sobre a importância da biodiversidade para a vida e o consumo responsável alertando sobre as consequências que o descuido com a natureza podem provocar”, afirmou a gestora.

Um projeto de reintrodução de ararajubas no Parque do Utinga está entre as ações que buscam preservar as espécies. A primeira fase da iniciativa já foi concluída.

“Soltamos dezenas de ararajubas para repovoamento do Parque, que estavam localmente extintas na RMB. Estamos partindo para uma segunda fase e, com isso, garantir uma população geneticamente viável”, acrescentou Crisomar.

O paraque é um espaço ideal para atividades físicas e para contato com a natureza amazônica.

“Seja no verão ou em nosso período de chuvas, visitar o Parque é diversão e aprendizados garantidos. Aqui é um local estruturado para entreter o espírito, exercitar o corpo, alimentar a mente e incorporar vivências agradáveis e inesquecíveis, para toda a vida”, disse Augusto Jarthe.

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