Klinger Junior, 30, começou a cantar aos sete anos de idade, ao lado do pai, o artista parintinense Klinger Araújo, que faleceu em 2020. Como o ‘Furacão do Boi’, hoje, ele também toca flauta. “O sentimento é de muita responsabilidade”, diz o cantor manauara, sobre dar continuidade ao trabalho do pai.
Nos passos do pai, Klinger Junior também canta toadas no Boi Caprichoso. “Ele sempre foi um grande artista, sempre deu seu melhor em tudo, e por onde fosse. Canto com meu pai desde os sete anos de idade, mas comecei minha carreira em 2018, quando entrei como artista oficial no Boi Manaus”, acrescentou Klinger Junior.
Além de cantar, o ‘Furacão do Boi’ também era conhecido por seu talento tocando flauta. O instrumento passou a ser uma das paixões de Klinger Junior.
“Tocar a flauta é também uma grande responsabilidade”, afirma. “Tudo o que ele fazia era com perfeição, e sempre tocou a flauta com maestria. Sempre me emociono. É maravilhoso poder e conseguir tocar flauta, em todas as minhas apresentações irei tocar”, garante.
Antes da pandemia, o cantor costumava se apresentar como levantador de toadas do Boi Caprichoso. Por conta da crise epidemiológica, os shows estão suspensos.
“Já tenho projetos prontos para iniciar assim que acabar esse período triste que estamos vivendo”, adianta Klinger Junior.
Klinger Araújo
Artista parintinense e um dos ícones do boi-bumbá, Klinger Araújo morou em Manaus desde os 13 anos de idade. Ele foi um dos responsáveis pelo crescimento do movimento boi-bumbá na capital do Amazonas, nos anos 1980 e 1990.
O cantor tinha múltiplos talentos. Além de músico, compositor e levantador de toadas, fez sua vida profissional como radialista, atuando nas rádios Alvorada (Parintins) e Difusora (Manaus), além de ter se revelado um excelente comediante e imitador.
Klinger Araújo faleceu no dia 29 de setembro do ano passado, aos 51 anos, vítima de complicações da Covid-19. Nesta quarta-feira (3/02), ele completaria 52 anos.