A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC-AM) anunciou que o Museu do Seringal Vila Paraíso será reaberto para visitação do público, a partir de sexta-feira (13/8). O espaço cultural, administrado pelo Governo do Amazonas, vai funcionar de terça a sábado, das 9h às 15h. A entrada custará R$ 10, por pessoa.
O secretário Marcos Apolo Muniz informou que o acesso ao Museu do Seringal não precisa de agendamento. No entanto, as visitas devem ser feitas com grupos de até dez pessoas, conforme os protocolos de prevenção à Covid-19.
Segundo Marcos Apolo, o equipamento ficou fechado por oito meses por causa da pandemia e, neste período, recebeu manutenção, com serviços como a cobertura da casa da farinha e pinturas da capela e casa grande.
“Outra atividade em andamento no local fica por conta da identificação das espécies de árvores, numa parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Inpa”, disse o titular da SEC-AM.
Reparos
De acordo com a SEC-AM, assim como outros espaços culturais administrados pelo Estado, o Museu do Seringal recebeu uma série de obras de modernização e reparos.
No primeiro semestre, as reformas contemplaram equipamentos como Teatro Amazonas, Palacete Provincial, Central Técnica de Produção (CTP) e os centros culturais Usina Chaminé e Povos da Amazônia.
O museu
O espaço, com base no igarapé São João, reproduz o cenário de um seringal a partir da infraestrutura do filme ‘A Selva’. Gravado em 2001, o longa-metragem contou com a participação de Maitê Proença, Chico Díaz, Gracindo Júnior, Cláudio Marzo, Roberto Bonfim, José Dumont e o ator português Diogo Morgado como protagonista.
No local estão móveis e utensílios que testemunham a riqueza dos seringais no auge da valorização econômica da borracha.
O roteiro da visita, com duração de 45 minutos, inicia no trapiche, onde acontecia o desembarque de mercadorias e embarque de cargas de borracha. Em seguida, os visitantes passam pelo Casarão, residência do seringalista, e o Barracão de Aviamento, com artigos manufaturados e industrializados vendidos aos seringueiros.
Entre os destaques também estão a capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, e a Casa de Banho das Mulheres, o ‘Banho de Yaya’, além da trilha que leva à estrada com as seringueiras, ao Tapiri de Defumação da Borracha, à casa do seringueiro, ao rústico cemitério cenográfico e à Casa de Farinha.
Localização
O Museu do Seringal fica no afluente do Tarumã-Mirim, na margem esquerda do Rio Negro.
Acesso
O acesso ao Museu do Seringal é feito somente por via fluvial, por meio de embarcações particulares, que saem de hora em hora da Marina do Davi, na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. Cada trecho (ida e volta) custa R$ 16, por pessoa. Essas embarcações não têm relação com a Secretaria de Estado de Cultura.
Protocolos
De acordo com a SEC-AM, o Museu do Seringal adotou todos os procedimentos necessários para evitar o risco de contaminação e garantir a segurança das pessoas, como o uso obrigatório de máscara, medição da temperatura e distanciamento de 1,5 metro. É proibido o contato físico com elementos dos espaços, como colunas, paredes, vitrines expositoras, esculturas e portas.
“O espaço passou por processo de sanitização e tem totens de álcool em gel em pontos estratégicos. As equipes são treinadas para o cumprimento dos protocolos de segurança e evitar aglomeração”, garantiu a secretaria.