Manaus, 25 de abril de 2024

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Foto: PC-AM
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Polícia interrompe evento que reunia brasileiros e estrangeiros em embarcação de luxo no AM

Evento já durava cinco dias e medidas contra Covid eram desrespeitadas.

Da redação

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) interceptou três embarcações de luxo, no Rio Negro, no início da noite desta terça-feira (6/4). Segundo a polícia, em uma das embarcações era realizado um evento que já durava cinco dias, com a participação de turistas brasileiros e estrangeiros.

De acordo com a PC-AM, cerca de 60 pessoas desrespeitavam medidas de prevenção à Covid-19, como uso de máscara e distanciamento social. Todos foram levado para delegacia para investigação do crime de descumprimento de medidas sanitárias, artigo 268 do Código Penal.

“Boa parte deles é estrangeira, e vieram provavelmente para conhecer a Amazônia, mas em um contexto muito triste. Nós estamos batalhando, vidas estão sendo perdidas, a polícia está na rua para coibir esse tipo de coisa para que a gente passe rapidamente pela pandemia. Mas, infelizmente, algumas pessoas insistem em desobedecer”, ressaltou Bruno Fraga, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

Polícia interrompeu evento que reunia brasileiros e estrangeiros em embarcação de luxo no Amazonas. Foto: PC-AM

Fraga afirmou que todos os participantes serão ouvidos. “Flagramos diversas pessoas realizando uma festa, a grande maioria sem máscaras, consumindo bebidas e desrespeitando o decreto estadual. Vão ser conduzidos à delegacia, vai ser feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), todas as pessoas que estavam praticando essa aglomeração vão ser levadas para a delegacia, vão ser ouvidas e todos vão ser responsabilizados”, acrescentou.

Segundo a polícia, as outras duas embarcações acompanhavam o barco onde era realizado o evento, mas sem a presença de passageiros. No convite da festa, denominada ‘Imersão na Amazônia’, o roteiro previa visita a comunidades tradicionais ribeirinhas e indígenas.

“Nós constatamos estrangeiros das mais diversas nacionalidades, brasileiros também, pessoas de diversos cantos do país, de alto poder aquisitivo, com acesso à informação. Eles estão desde o dia 2 de abril navegando, passaram por comunidades indígenas. Nós vemos muitos estrangeiros falando sobre a nova cepa aqui no Amazonas, está todo mundo criticando, quando na verdade nós sabemos da fragilidade dos nossos índios em contato com pessoas de fora, principalmente em uma situação dessas”, destacou o delegado Juan Valério, coordenador do Grupo Fera.

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