O reitor do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), professor Antonio Venâncio Castelo Branco, faleceu, na noite desta segunda-feira (11/01), vítima de complicações da Covid-19. Com mais de 20 anos de atuação no serviço público, ele contribuiu para levar o ensino a diferentes e distantes municípios do Amazonas, além de ministrar aulas nos cursos técnicos da instituição.

Desde 2014 à frente da gestão do Ifam, Castelo Branco estava em seu segundo mandato. Natural do Amazonas, o reitor não escondia o orgulho de suas origens, além do especial apresso pela cultura indígena.

Como gestor do Ifam, uma de suas maiores realizações foi a interiorização do ensino técnico no Amazonas, além de ter contribuído para a implantação e ampliação dos Institutos Federais nos Estados do Acre e em Rondônia.

O professor, que cruzou o Amazonas para promover a educação para a sustentabilidade na Amazônia, teve como uma de suas últimas missões a ida a Boca do Acre para dar início à implantação de uma unidade de ensino no município.

Ainda como parte de seu compromisso no serviço público, Castelo Branco não mediu esforços para contribuir no combate ao novo coronavírus, principalmente durante o primeiro pico da pandemia no Amazonas, em 2020, quando o Ifam produziu equipamentos de proteção individual e higiene, que foram doados à comunidade acadêmica do instituto e a unidades de saúde do Amazonas.

À época, o reitor afirmou que a ação era uma oportunidade para o instituto devolver à sociedade o investimento que é feito na produção do conhecimento, por meio de servidores e alunos. “Aplicar o conhecimento acadêmico em favor do bem-estar da população, só corrobora com a valorização do conhecimento científico que, por sua vez, é validado quando aliado ao conhecimento tradicional. Isso é ciência, é educação para a sustentabilidade”, destacou, na ocasião.