O professor e pesquisador Gustavo Soranz aborda o cinema no Amazonas entre 1960 e 1990, em livro. A obra ‘Cinema no Amazonas: 1960 – 1990’, foi lançada no sábado (17/9), na Galeria do Largo, Centro de Manaus.
O livro faz uma análise sobre a história da produção cinematográfica no Amazonas, com foco na capital, tendo como marco inicial o final dos anos 1960. O período é marcado pela surgimento de uma geração de jovens que passa a promover na cidade um movimento cineclubista que vai resultar na realização de filmes em curta-metragem. Também culmina com a redescoberta de Silvino Santos e se estende até os anos 1990, década que foi marcada pelo desmonte da estrutura estatal federal que apoiava o cinema no Brasil.
A pesquisa tem relevância histórica para o conhecimento das relações entre cultura e sociedade na cidade de Manaus, em um período marcado por grandes projetos de intervenção política e econômica na região amazônica, de profundas transformações sociais e culturais locais.
Ainda traz contribuições para o entendimento de como a produção cinematográfica brasileira se estabeleceu fora dos grandes centros de produção de cinema, Rio de Janeiro e São Paulo, no recorte histórico proposto, que compreende o período da modernização da produção de cinema no país.
O livro apresenta resultados da pesquisa ‘Filmografia Amazonense – Análise dos filmes produzidos no Amazonas de 1960 a 1990’, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), por meio do edital Universal Amazonas, de 2013, realizada no âmbito do curso de Tecnologia em Produção Audiovisual da Universidade do Amazonas (UEA).
A obra é uma publicação da Rizoma Audiovisual e foi contemplado no Concurso-Prêmio Manaus de Conexões Culturais de 2019, promovido pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
Lançamento
No lançamento do livro houve um bate-papo entre o autor e os convidados Márcio Souza e Roberto Kahané, que foram importantes agentes da produção cinematográfico amazonense no período.
O evento ocorreu no âmbito da exposição ‘I.margens’, que tem curadoria de Alberto César Araújo, na mostra de fotografias, e de Gustavo Soranz, na mostra de vídeos.