Manaus, 20 de abril de 2024

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Foto: João Viana/Semcom
Foto: João Viana/Semcom Foto: João Viana/Semcom

Com cheia em Manaus, águas do Rio Negro chegam à Praça do Relógio; veja fotos

Prefeito David Almeida visitou a área e anunciou medidas.

Da redação

As águas do Rio Negro chegaram à Praça do Relógio Municipal, no Centro de Manaus, neste fim de semana. A cheia deste ano já passou dos 29 metros no Porto de Manaus e a previsão é que a enchente seja a quinta maior já registrada na capital. Neste domingo (16/4), o prefeito David Almeida conferiu o avanço das águas em ruas da área central e anunciou medidas. Veja fotos feitas neste hoje no local.

O Rio Negro, de águas escuras, banha a cidade de Manaus, e a medição da subida do rio ocorre no porto da capital, situado na área central. Quando há previsão de cheia histórica, as autoridades monitoram a subida das águas dia a dia, especialmente no mês de maio.

O monitoramento hidrológico é feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Conforme a instituição, a cheia de 2021 deverá ser a quinta maior já registrada em Manaus. Na última sexta-feira (14/5), o Rio Negro registrou a cota de 29, 64 metros.

Essa marca se aproxima da última grande cheia registrada na capital, em 2012, quando o nível do Rio Negro atingiu os 29, 78 metros. Os estudos do CPRM indicam que a cheia deste ano deverá chegar aos 30,25 metros. Agora em 2021, o Rio Negro tem subido, em média, quatro centímetros por dia.

Veja fotos da cheia de 2021 em Manaus

Ruas do Centro

Quando a cheia é histórica, as águas inundam ruas comerciais do Centro de Manaus. Neste ano, a enchente já obrigou a prefeitura a interditar a Rua dos Barés, via onde a população costuma comprar produtos típicos da região, como motor de barco e forno para fazer farinha.

A Rua dos Barés também passa ao lado da Feira da Banana, uma grande feira abastecedora que fica de frente para o Rio Negro. O avanço das águas neste ano já se aproxima da área da feira, e a Prefeitura está construindo uma área para realocar os feirantes.

Pontes de madeira

Nesta segunda-feira (17/5), a Prefeitura de Manaus começa a construção de pontes de madeira, no trecho da Avenida Eduardo Ribeiro, na área da Praça do Relógio Municipal. A Eduardo Ribeiro é a principal rua comercial do Centro de Manaus. Nesta avenida estão situados o Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça, em uma área mais alta.

De acordo com a prefeitura, a construção de pontes de madeira na Praça do Relógio vai viabilizar a circulação na via.

Pontes de madeira têm sido as estratégias usadas pelo poder público em Manaus e em cidades do interior do Amazonas ano após ano. Acostumada ao sobe e desce das águas, uma vez que o Amazonas enfrenta grandes cheias e grandes secas, os moradores – também chamados de ribeirinhos – constroem casas com assoalhos. São as chamadas palafitas, residências de madeira feitas sob estacas.

Quando a água chega a atingir o assoalho, os moradores eleva o piso das casas com marombas, ou seja, constroem elevações dentro das residências. Em alguns casos, essa população precisa ser realocada para outras áreas da cidade.

Prefeito visita o Centro

No sábado (15/4) e neste domingo (16/5), o prefeito de Manaus, David Almeida, esteve na área da Praça do Relógio, para conferir de perto o avanço do Rio Negro. Além de anunciar as medidas para a região, ele comentou sobre as demais ações que o Executivo municipal vem executando, para auxiliar as famílias atingidas pela enchente.

“Nesta segunda-feira iniciaremos a construção de barreiras de contenção, com areia e concreto, nas áreas atingidas pela cheia, no Centro, para assegurar uma condição mínima possível de circulação ao comércio local, para que continuem com as suas atividades”, informou.

O prefeito também confirmou a distribuição, ao longo da semana, de cestas básicas, kits de higiene e de dormitórios, às famílias dos 15 bairros atingidos pela cheia do Rio Negro, assim como a construção de pontes e marombas nas áreas inundadas.

Auxílio Enchente

Nesta segunda, a Prefeitura também envia uma mensagem à Câmara Municipal de Manaus (CMM) solicitando o reajuste no valor do Auxílio Aluguel de R$ 300 para R$ 500. Segundo o Município, essa mudança beneficiará mais de 3 mil famílias atingidas pela cheia do Rio Negro, este ano na capital amazonense.

“Nós temos o Auxílio Aluguel de R$ 300, e vamos complementar com mais R$ 200 do Auxílio Enchente, para aquelas famílias que já estão com as suas casas afetadas, que elas possam sair e alugar um local mais digno para viver”, observou o prefeito.

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