Manaus, 20 de abril de 2024

Festival de Parintins

Foto: Boi Caprichoso
Foto: Boi Caprichoso Foto: Boi Caprichoso

Ira Maragua, cunhã-poranga indígena do Boi Caprichoso, se apresenta para turistas no AM

Ira Maragua faz parte do Corpo de Dança Caprichoso.

Com informações da assessoria

Ira Maragua, 23 anos, cunhã-poranga indígena do Boi Caprichoso se apresentou em um show para 900 turistas norte-americanos, nesta segunda-feira,16 de janeiro de 2023. A recepção ocorreu no Parintins Convention Center, em Parintins, no Amazonas.

Foram realizados dois espetáculos nesta segunda, um às 10h30 e outro às 13h30h, com todo o elenco azul e branco, como itens individuais, dançarinos, banda, artistas e equipe de apoio.

Foto: Boi Caprichoso

Os dois momentos contaram com a participação cunhã. “É uma honra poder participar do Caprichoso e estar representando um item muito forte que é cunhã-poranga. Ela é uma mulher guerreira que luta. Pra mim, é um ato de resistência”, disse Ira.

A cunhã faz parte do Corpo de Dança Caprichoso (CDC), foi integrante da Raça Azul e se apresentou no lançamento do tema 2023 do Caprichoso. Para ela, a participação no show tem uma forte representatividade.

“É uma honra estar mostrando pro mundo mais de 20 povos comigo. Então, é um privilégio enorme além de fortalecer a cultura, além de fortalecer a fala. Eu também estou aqui pra mostrar a resistência dos indígenas, da mulher indígena. Eu trago comigo várias etnias”, declarou.

Foto: Boi Caprichoso

CUNHÃ DAS LUTAS

Ira Maragua é natural do município São Gabriel das Cachoeiras, no Alto Rio Negro, Amazonas. Artesã, faz grafismo indígena, estuda inglês e é técnica em enfermagem.

Assim como a cunhã oficial, Marciele Albuquerque, Irá Maragua é engajada em causas sociais e indígenas. Ela participa ativamente de movimentos indígenas, artesãs e de jovens, como a Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, quando esteve defendendo seu povo.

Foto: Boi Caprichoso

Maragua luta pela manutenção de sua tradição e cultura, mas também defende a importância do indígena acompanhar a modernidade e ocupar um espaço tecnológico e digital.

Nas aldeias e comunidades indígenas, ela ministra palestras e workshops sobre a atuação indígena nas redes sociais e a importância do uso dessa ferramenta na ocupação e um novo território.

Foto: Boi Caprichoso

“A minha luta é incentivar os jovens a mostrar a sua cultura, a mostrar o seu conto, a sua dança, porque além de a internet ser uma arma a gente também tem que se reunir, se juntar pra mostrar e valorizar a cultura da nossa etnia. A gente está aqui pra quebrar aquele padrões de que o indígena ele é aquela pessoa que anda pelado, que não tem desenvolvimento, que não tem estudo”, afirmou.

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