Manaus, 15 de setembro de 2024

Cultura

Foto: Michael Dantas/SEC-AM
Foto: Michael Dantas/SEC-AM Foto: Michael Dantas/SEC-AM

Galeria do Largo recebe novas exposições em Manaus; saiba como visitar

Espaço abre de quarta-feira a domingo, das 15h às 20h. A entrada é gratuita.

Com informações da assessoria

A Galeria do Largo, Centro de Manaus, recebe novas exposições que fazem parte da mostra ‘Amazonas Artes Visuais 2024 – Diversas Naturezas’. Saiba como visitar

A mostra reúne quatro exposições individuais, incluindo uma mostra de lambes, evidenciando todas as possibilidades de pensamento e materialização em arte.

Neste conjunto de propostas, a artista Maria do Rio Negro apresenta “Documentos e Identidades’; Suelen Siqueira exibe ‘Potências do Corpo Feminino’, com fotografias de shibari art; Marcelo Rufi mostra ‘Pintacuia Hiperbólico’ e Victor Zagury apresenta a curadoria de lambes “Cola com Noix“.

Foto: Michael Dantas/SEC-AM

COMO VISITAR

A Galeria do Largo fica localizada na Rua Costa Azevedo, 290, Centro de Manaus.

O espaço abre de quarta-feira a domingo, das 15h às 20h. A entrada é gratuita.

SOBRE AS EXPOSIÇÕES

Mostra coletiva de lambes

A mostra Coletiva de Lambes ‘Cola com Noix’ conta com a participação de mais de 30 artistas, tendo o artista Victor Zagury como curador.

Exposição reúne na parede/mural impressões de histórias ancestrais e o espírito da arte urbana, no suporte que discorre narrativas amazônicas.

Victor Zagury, conhecido por ‘Zag’, é ativista urbano, produtor criativo e facilitador de ações, é também um dos principais articuladores do projeto Coletivo Artivismo.

Os visitantes poderão explorar obras que dialogam com o contexto urbano da Região Norte, abraçando o espírito indomável da arte urbana lambe-lambe, oferecendo uma perspectiva crítica e engajada sobre a realidade local. A mostra convida o público a refletir sobre a força transformadora da arte na construção de novas narrativas sociais.

Pintacuia hiperbólico

A cuia, fruto da natureza amazônica, nas mãos canhotas do artista contemporâneo de Monte Alegre (PA) Marcelo Rufi.

“A arte de pintar cuias, prática ancestral que se entrelaça com a identidade do povo montealegrense, é mais do que uma técnica, é uma expressão profunda da alma, um diálogo entre a natureza e o homem, ‘ser Pintacuia é ser pé no chão’, e mesmo distante, não deixar de lado suas origens, é um ato resistência”, declara o artista Marcelo Rufi.

Marcelo Rufi é um produtor cultural, curador e artista contemporâneo de 38 anos. Se autodefinindo como gay, preto de periferia, ele vem atuando nas ruas da cidade sendo transgressor e experimentando múltiplas linguagens.

Por meio de instalações artísticas interativas, esculturas, pinturas e desenhos nas cuias e, para além delas, o artista propõe contar sua história de 38 anos de vida, dos 18 se passaram em Manaus, para onde veio de mala e cuia em fevereiro de 2006.

Sem ser narcísica ou ensimesmada, a exposição busca desnudar o artista em vários aspectos, seus sentimentos mais profundos e sem medo de revelá-los, livre das aprovações, rotulações, rejeições e julgamentos inevitáveis. “Pintacuia Hiperbólico”, sem perder a ironia e o bom humor é uma declaração de amor a Monte Alegre e à maior paixão do artista: a arte.

Potências do corpo feminino

A Exposição Fotográfica ‘Potências do Corpo Feminino’ propõe uma imersão na estética do Shibari Art, uma técnica de imobilização, amarração corporal e comunicação com as cordas, que teve sua origem no Japão.

Ele é inspirado no Hojojutsu, uma técnica sistematizada que era usada por samurais para restringir criminosos, usando as cordas.

A exposição é um desdobramento do estudo idealizado por Suelen Siqueira, Licenciada em Dança pela Universidade do Estado do Amazonas UEA, artista, premiada em editais de fomento à cultura, atuante em diversos projetos sociais, ativista em prol das pessoas com deficiência e visibilidade do Empoderamento Feminino.

O ensaio fotográfico realizado por Tayna Sateré, fotógrafa e artesã indígena da Amazônia, reflete com sutileza o olhar de suas curvas, a beleza, as potências que marcam histórias com o poder de exaltar e criar a empatia com o corpo que se vê e se projeta para o alto quando suporta o peso, supera as inseguranças e transcende para o desdobramento dos desejos.

Documentos e identidades

Nesta exposição, a artista Maria do Rio Negro apresenta uma série de documentos e registros reimaginados e artisticamente manipulados para questionar e investigar o papel dos documentos de identidade e registros na formação das identidades pessoais, profissionais e coletivas.

Por meio de uma instalação de arte, as participantes são convidados a refletir sobre como documentos como RG, Título de Eleitor, certidões de nascimento, casamento e outros registros não apenas garantem direitos civis, mas também recontam a história do Brasil, evidenciando como documentos são instrumentos de controle e emancipação, que impõem limites e categorias sociais.

A artista apresenta, em uma ‘série de documentos e registros reimaginados e artisticamente manipulados’, evidências no Estado e na sociedade, de normas, regras e direitos adquiridos e conquistados em princípios de posicionamento das condutas do viver da pessoa.

Além disso, documentos pessoais da família e da artista são apresentados, ilustrando conexões pessoais e históricas com a prática de documentação.

MOSTRA AMAZONAS ARTES VISUAIS 2024

A ‘Mostra Amazonas Artes Visuais 2024 – Diversas Naturezas’ fica em cartaz até outubro, incluindo exposições e performances que ainda serão anunciadas, encerrando com um seminário no Palacete Provincial.

Toda essa atividade conta com a participação de curadores, críticos, professores, pesquisadores, artistas e o público em geral.

COMPARTILHE

error: Este conteúdo está protegido!