Manaus, 20 de abril de 2024

Cultura

Foto: Arquidiocese de Manaus
Foto: Arquidiocese de Manaus Foto: Arquidiocese de Manaus

Com origem no século 17, Igreja da Matriz agora é Patrimônio Cultural Material de Manaus

Prefeito de Manaus assinou lei que tornou igreja patrimônio.

Da redação

A Catedral Metropolitana de Manaus, também conhecida como Igreja da Matriz, agora é Patrimônio Cultural de Natureza Material da cidade. A capela que deu origem ao imóvel, situado no Centro de Manaus, foi erguida por missionários carmelitas no século 17, menos de três décadas após a fundação de Manaus.

Foto: Arquidiocese de Manaus

O decreto que formalizou a igreja como patrimônio cultural está no Diário Oficial do Município de Manaus de quarta-feira (28/4). Conforme o documento, o prefeito de Manaus, David Almeida, sancionou a Lei de N 2.741, de 28 de Abril de 2021, após decreto do Poder Legislativo.

“O reconhecimento estabelecido nesta Lei terá proteção do Município, que incentivará sua perpetuação e preservação cultural como legado para as futuras gerações”, diz o decreto municipal.

A lei entrou em vigor na data de publicação.

Foto: Marcio James/Semcom

História

A Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição é um dos tempos católicos mais conhecidos de Manaus. A igreja está situado na região do Centro Histórico da cidade, perto do centro comercial e a poucos metros de outros monumentos arquitetônicos, como o Museu da Cidade e o Casarão da Inovação Cassina.

De acordo com a Arquidiocese de Manaus, a catedral teve origem em uma capela erguida por missionários carmelitas no ano de 1695, de forma simples no entorno da Fortaleza de São José da Barra do Rio Negro, como era conhecida Manaus no início de sua fundação. O Forte data de 1669, ano de fundação da cidade.

Em razão da ordem a que pertenciam os missionários que fundaram a igreja, a capela foi naturalmente dedicada à Nossa Senhora da Conceição. A ocupação do Amazonas teve predominância de missionários: Jesuítas, Franciscanos, Mercedários e Carmelitas. “Estes últimos substituíram os Jesuítas ao longo do curso dos rios Solimões e Negro. O objetivo era não apenas catequizar os índios, mas também, proteger o território dos espanhóis que naquela época detinham a porção oeste do País”, informa a Arquidiocese.

No período em que a catedral foi erguida, Manaus contava com, aproximadamente, 30 mil habitantes e se resumia a três áreas, conhecidas como São Vicente, Remédios e Espírito Santo. A economia era baseada no extrativismo e a atividade comercial era mínima.

Em 1781, a igreja original foi demolida para a construção de uma nova. O imóvel levantado pelos carmelitas estava em ruínas, e Manuel da Gama Lobo Lobo D’Almada, então governador da Província, ordenou que a junta governativa que demolisse a antiga capela para dar lugar a uma nova, no mesmo local. A igreja teve a planta alterada diversas vezes até ser constituída em estilo neoclássico.

Em 1788, o visitador geral, Frei Caetano Brandão, classificou a catedral como um armazém, quase sem forma de templo, que não possuía sacristia, nem portas. “O estilo era o mesmo entre outras igrejas, inclusive a de Nossa Senhora dos Remédios que também se erguia naquela época”, destaca a Arquidiocese.

COMPARTILHE

error: Este conteúdo está protegido!