Manaus, 2 de maio de 2024

Cinema

Vídeos contam histórias de artistas que levam arte para ruas de Manaus

As gravações do projeto ocorreram entre fevereiro e março deste ano.

Com informações da assessoria

O projeto ‘Rua: A Arte que nos Rodeia’ lançou uma série de vídeos com artistas de rua de Manaus. Os relatos foram gravados entre os meses de fevereiro e março de 2021, após a segunda onda da Covid-19 no Amazonas.

Idealizadora do projeto, a publicitária e gestora cultural Gisa Almeida destaca que os vídeos mostram que cada artista vivencia a arte de forma distinta. “São seis histórias em seis segmentos diferentes. Seis perspectivas diferentes em um universo de possibilidades”, afirma.

Para assistir aos vídeos produzidos, basta acessar o canal ‘Rua: A Arte que nos rodeia‘, no YouTube.

Da esquerda para a direita: Toinho do Sax, Palhaço Mistério, Márcia Antonelli, Lil-B, Michael Jackson do Amazonas e Diana Fabrício. Fotos: Reprodução/Projeto

Como surgiu

Gisa Almeida conta que a ideia surgiu a partir de uma observação durante o período de isolamento social na capital amazonense. Os artistas locais que se apresentavam nas ruas e nos sinais da cidade ‘sumiram’ dos seus locais habituais de apresentação.

Por conta da pandemia, os artistas ficaram sem público e consequentemente sem shows. Assim, de acordo com a realizadora do projeto, surgiram algumas reflexões, por exemplo: como os artistas de rua estão vivendo, ou se sustentando? Encontraram outros empregos? Conseguiram se adaptar ao isolamento?

Após a elaboração da proposta, que veio por meio dos questionamentos, e a captação de recursos, a equipe se dedicou a encontrar os artistas manauaras que atuam nas ruas da cidade.

“Alguns contatos foram feitos via redes sociais, mas houve casos em que tivemos que buscar contatos de parentes ou amigos dessas pessoas para poder encontrá-las e manter a representatividade que gostaríamos de conferir ao projeto”, explica Gisa.

Gravações do projeto ‘Rua: A Arte que nos Rodeia’ em Manaus. Foto: Divulgação

Produção

Seguindo os protocolos de segurança necessários para prevenção ao coronavírus, a equipe gravou depoimentos com os artistas nos ambientes rotineiros de apresentação. Alguns deles tiveram, pela primeira vez, oportunidade de contar sua história de vida e trajetória para a construção da carreira artística.

O material, que também conta com a produção de um portfólio artístico digital de cada um deles, busca profissionalizar a carreira.

A produção dos materiais, de acordo com Gisa Almeida , visa “levantar a autoestima desse agente da cultura para que ele possa se enxergar como profissional e poder ter algo palpável sobre sua trajetória, inclusive para futuramente poder ter acesso direto a verbas de editais públicos, tornando esse caminho um pouco mais democrático”.

Democrático também é um dos adjetivos que a produtora atribui à arte exercida por cada um dos personagens da série. “São pessoas que, com poucos recursos, conseguem transmitir sua mensagem, gerar entretenimento, arrancar sorrisos de quem passa apressado na rua”, afirma.

Apoio Emergencial

Conforme informações da criadora do projeto, além de dar visibilidade aos artistas, os vídeos buscam conectar os participantes a recursos, como os da Lei Aldir Blanc. Com as paralisações, por conta da pandemia, a renda deles foi reduzida ou até interrompida por completo.

Por isso, cada artista que contribuiu com o relato, recebeu um cachê de participação no projeto. A ideia da contribuição serve tanto para investir no trabalho artístico, como para gastos pessoais relacionados a alimentação, moradia, entre outros.

“Também entregamos aos artistas kits de prevenção à Covid-19, com máscaras, álcool em gel e outros itens de proteção, para reduzir a possibilidade de contágio, principalmente durante os períodos de flexibilização do isolamento em Manaus”, diz a gestora cultural Gisa Almeida .

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