A Ponte Jornalista Phelippe Daou, também conhecida como Ponte Rio Negro, é uma estrutura que liga Manaus, capital do Amazonas, às cidades de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, por via terrestre. O acesso a esses municípios é feito pela Rodovia Manoel Urbano, a AM-070.
A estrutura da ponte segue o estilo estaiado. O nome da ponte faz alusão a um dos principais afluentes do Rio Amazonas, o Rio Negro, que banha Manaus.
A construção se transformou em um dos símbolos arquitetônicos modernos de Manaus. A ponte também é considerada um cartão-postal.
Tráfego de veículos
A ponte é administrada pelo Governo do Amazonas. O Estado estima que uma média de 160 veículos intermunicipais, como ônibus e táxis, trafegam diariamente pela ponte, levando mercadorias, turistas e moradores dos municípios das regiões interligadas.
Há fiscalização de trânsito antes do início da ponte, nos trechos de ida e volta.
Com a Ponte Rio Negro, muitas pessoas aproveitam fins de semana e feriados para visitar balneários, chácaras, sítios, flutuantes, hotéis e outros atrativos turísticos do Amazonas situados em Iranduba, Manacapuru e Novo Airão.
Já nos primeiros trechos da AM-070 é possível ver balneários, próximos ao acostamento da via. Esses espaços possuem estrutura com área para estacionar carros; igarapés para banho; mesas e cadeiras; restaurantes com comida regional, entre outros atrativos.
Ao longo da rodovia, também há postos de combustíveis, restaurantes e estabelecimentos que oferecem cafés regionais.
Passeio de pedestres
A ponte possui passeio de pedestres dos dois lados. Cada lado tem 1,5 metro de extensão. Diariamente, diversas pessoas cruzam a ponte, contemplando a paisagem do Rio Negro e a vista de parte da orla de Manaus.
Da ponte, é possível ver a praia Ponta Negra, outro ponto turístico da capital, e parte da orla do bairro São Raimundo.
Em feriados prolongados, é comum ver diversos veículos ao longo da cabeceira da ponte com pessoas em busca de lazer.
História
A Ponte Rio Negro foi inaugurada no dia 24 de outubro de 2011, data do aniversário de Manaus. O então governador Omar Aziz e a presidenta Dilma Rousseff participaram do evento de inauguração.
A estrutura tem 3.595 metros de comprimento. Foi a primeira ponte de grandes dimensões construída sobre um rio em solo amazônico é também a maior ponte estaiada – com 400 metros de trecho suspensos por cabos – do Brasil em águas fluviais e a segunda no mundo, ficando atrás apenas da ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela.
Antes da ponte, a única opção para atravessar o Rio Negro de Manaus para Iranduba, Manacapuru e Novo Airão era por via fluvial. Moradores e visitantes se dirigiam ao Porto do São Raimundo, na Zona Oeste da capital, para pegar balsas e fazer a travessia.
Segundo o governo estadual, na ponte, estão instalados cabos que garantem o abastecimento de energia elétrica nos municípios e comunidades adjacentes. Eles substituem os cabos subaquáticos.
Detalhes sobre a Ponte Rio Negro
Investimentos: R$ 1,099 bilhão (R$ 586 milhões do BNDES e R$ 513 milhões do Governo do Amazonas)
Tempo da obra: 03 anos e dez meses
Empregos diretos na obra: 3.400 trabalhadores
Comprimento total: 3.595 m
Número de vãos: 73
Altura do mastro central: 103 m acima do tabuleiro
Extensão do trecho estaiado: 400 m
Largura da seção estaiada: 22,60 m
Largura do trecho corrente: 20,70 m
Pistas: duas pistas duplas
Faixas por pista: duas faixas sentido Manaus e duas sentido Iranduba
Passeio de pedestres: 1,5 m de cada lado
Concreto estrutural: 138.000 m³
Cimento: 1 milhão de sacas
Vigas pré-moldadas: 213 peças
Pilares/apoios: 74 unidades
Base de solo, areia, seixo: 47.000 m³
Revestimento betuminoso: 72.000 toneladas