Manaus, 27 de abril de 2024

Teatro

Foto: Messias Carvalho
Foto: Messias Carvalho Foto: Messias Carvalho

Espetáculo ‘Tempestade em Copo D’Água’ será apresentado às margens do Rio Negro, no AM

Apresentação ocorre no dia (23/3), na Comunidade Três Unidos.

Com informações da assessoria

O espetáculo ‘Tempestade em Copo D’Água’ será apresentado às margens do Rio Negro, na Comunidade Três Unidos, às 19h, no dia 23 de março de 2024, no Amazonas.

A peça teatral encerra as atividades educativo-culturais do Projeto Gari e será encenada a céu aberto, por jovens ribeirinhos e indígenas. Conheça a produção.

Adriano Rodrigues, coordenador do Projeto Gari, explica que o espetáculo é direcionado a um público que não tem muito acesso a essa forma de expressão artística.

“O teatro na floresta é para agricultores, pescadores e artesãos que se identificarão com os sonhos e os desejos dos personagens. São pessoas que residem em comunidades rurais e que estarão representadas por seus filhos, cônjuges e pais. Um espetáculo feito por eles e para eles”, afirma.

Foto: Messias Carvalho

A peça foi produzida por jovens que moram em comunidades do Rio Negro. No palco, eles vão atuar e cantar suas histórias, seus sonhos e seus desejos. A apresentação conta com cenário, figurino e música ao vivo.

Esta sessão especial do espetáculo tem o patrocínio do Instituto Alair Martins (IAMAR) e apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), da Fundação Amazônia Sustentável e do Restaurante Sumimi.

SINOPSE

A peça narra a história de Juma, um jovem que vive um dilema: casar ou sair da comunidade onde mora para conquistar o mundo. Antes de decidir, ele acaba magoando todos ao redor, incluindo a noiva, Moema.

Assista ao trailer do espetáculo:

ENRENDO

Vitória Dinis e Mateus Campos, moradores do Alto Rio Negro, são os autores do texto, adaptado para o teatro por Adriano Rodrigues.

Vitória Dinis fala sobre características da noiva, interpretada por Geovana Barbosa. “Ela quer viver um amor de princesa, aquela vida romântica com seu noivo, ter uma família grande. Só que ela acaba descobrindo que a vida não é como ela imagina”, conta.

Com histórias entrelaçadas, o espetáculo apresenta elementos da cultura caboclo-ribeirinha do Rio Negro, como a Festa do Divino.

FIGURINO POR MAÚRICIO DUARTE

O estilista Maurício Duarte assina o figurino do espetáculo. Indígena do povo Kaixana, o estilista foi o primeiro amazonense a assinar uma coleção na São Paulo Fashion Week, maior semana de moda da América Latina, em 2022. Ele também esteve em Nova York (EUA), onde apresentou uma coleção.

Foto: Messias Carvalho/Projeto Gari

Maurício celebrou o reencontro com as raízes do Amazonas ao conhecer o projeto de perto. “O meu trabalho é um encontro e esse encontro é sempre feito com alguém que vai se identificar com o que eu estou fazendo. E quando eu vim conhecer o elenco do espetáculo a gente teve essa troca”, ressaltou.

CENÁRIO ORGÂNICO E NATURAL

Se o teatro é na floresta, o conceito vem da própria natureza. E foi esse cenário natural que inspirou o projeto cenográfico feito especialmente para o espetáculo. A apresentação será a céu aberto, com o palco posicionado às margens do rio.

Por questões logísticas, o cenógrafo Juca di Souza utilizou materiais da própria comunidade, entre eles: madeira, fibra e telas.

“A cenografia não podia ser alheia à comunidade. A minha pesquisa buscou materiais do próprio local, que tivessem uma estética orgânica e estabelecessem um diálogo muito mais íntimo, muito mais próximo com o que são os atores e com o que é a comunidade”, relata.

TRILHA SONORA ORIGINAL

A trilha sonora original é composta por quatro músicas inéditas. Com letras de Adriano Rodrigues, as canções fazem parte da narrativa da peça e contam com arranjos dos músicos Breno di Andrade (teclado), Gabriel Lima (violino), Josias Junior (percussão) e Mário Coelho (contrabaixo).

SESSÃO ESPECIAL

A sessão especial é direcionada aos comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista e da Área de Proteção Ambiental (APA) Aturiá-Apuazinho, na marquem esquerda do Rio Negro, que receberam o Projeto Gari durante dois anos de atividades.

Com entrada gratuita, a peça será apresentada no dia 23 de março de 2024, às 19h,

ELENCO

  • Juma: Elinelson Moraes
  • Moema: Geovana Barbosa
  • Moema (filha): Vitória Dinis
  • Cleide: Tailane Cruz
  • Mulher de Vestido Vermelho: Tainara Kambeba
  • Clowns: Jean Salgado, Natan Araújo, Neucilane Moraes e Samuel Góis
  • Participação Especial: Evilásio Souza ( Elvislásio) e Ramilson da Silva (chefe)
  • Elenco de Apoio: Franciraldo Oliveira, Rodrigo Silva e Tailon Pontes.

FICHA TÉCNICA

  • Direção Geral: Adriano Rodrigues
  • Produção Geral: Regina Queiroz
  • Texto: Mateus Nunes e Vitória Dinis
  • Roteiro e Preparação do Elenco: Adriano Rodrigues
  • Figurino: Maurício Duarte
  • Visagismo: Yule Castro
  • Cenografia: Juca Di Souza.
  • Sonoplastia: Pedro Peres
  • Iluminação: Evandro Repolho
  • Produção Musical: Breno di Andrade, Gabriel Lima, Josias Junior, Mário Coelho.
  • Assessoria de Imprensa: Edilene Mafra e Mayane Batista (Amazon Media And Checking)
  • Social Media: Ana Camargo
  • Audiovisual: Marcelo Ramos
  • Apoio Técnico e Logístico: Deuziney Silva, Bruno Lima, Dani Saterê, Nilson Oliveira, Raimunda Marques, Raimundo Kambeba, Raimundo Souza, Raylene Dias e Neurilene Cruz

PROJETO GARI

O Projeto Grupo de Amigos Representando Ideias (Gari) leva arte e educação a jovens de comunidades ribeirinhas do Amazonas. Em dois anos, realizou atividades na comunidade Três Unidos, do povo Kambeba, que está situada na margem esquerda do Rio Negro, dentro da RDS Puranga Conquista e APA Aturiá-Apuazinho.

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