A atriz Carol Santa Ana vai estrear o espetáculo solo ‘A Mulher que Desaprendeu a Dançar’, no Teatro da Instalação, Centro de Manaus, no dia 10 de setembro, às 19h. Realizada em parceria com o Ateliê 23, a peça teatral seguirá em cartaz nos dias 11, 17 e 18 do mês.
O Teatro da Instalação fica na Rua Frei José dos Inocentes, Centro de Manaus. O acesso às apresentações do espetáculo será gratuito, e o público deverá apresentar a carteira de vacinação.
O diretor do espetáculo, Taciano Soares, explica que o encontro vai contar com 50% da capacidade da plateia, conforme os protocolos de segurança em prevenção à Covid-19.
“Esse projeto é um convite à retomada das nossas atividades. Temos avançado com a vacinação, com a flexibilização e isso traz mais possibilidades de reencontros. É um reencontro da atriz com ela mesma e também um reencontro nosso com o teatro presencial, respeitando os protocolos de segurança”, afirma.
A peça
De acordo com Taciano Soares, o espetáculo ‘A Mulher que Desaprendeu a Dançar’ é uma metáfora para falar da protagonista como artista que canta, dança, atua e reaprende a dançar a partir da peça. Em cena, ela vem camuflada até revelar a identidade ao público.
“A Carol não está em solo presencialmente há muito tempo e esse espetáculo é muito especial porque traz memórias pessoais que ela viveu enquanto mulher, esposa, mãe, servidora pública, profissional da cultura, uma pessoa que é atravessada por várias situações da sociedade, violências que as mulheres são submetidas em esferas diversas, como psicológicas, patrimoniais, sexuais e morais”, resume o diretor.
Conforme o diretor, embora as mulheres se reconheçam nas cenas, é uma peça que fala para os homens, para propor uma reflexão sobre o impacto das ações sobre o outro, principalmente com as mulheres.
“A peça tem como cenário uma mesa de madeira, mas vai se revelando com diversos elementos a partir do momento que a personagem vai trazendo as memórias, algumas delas são revividas nas cenas, umas são narradas e outras são satirizadas, inclusive boa parte da peça também é uma sátira, uma ironia sobre as coisas pelas quais ela passou, sobretudo as violências, coincidentes ou não, causadas na maior parte do tempo por homens em situações de poder”, adianta Taciano.
Produção
Taciano conta que o trabalho teórico do espetáculo começou em dezembro de 2020, com base na tese bionarrativas cênicas, que é o uso do material biográfico e documentais em cena, para falar de vidas reais. Segundo ele, as atividades foram suspensas em janeiro devido à crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus no Amazonas. Os trabalhos foram retomados em junho.
Lei Aldir Blanc
O projeto foi contemplado no edital Prêmio Feliciano Lana, que faz parte das ações emergenciais da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, operacionalizada no Estado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC-AM).