Manaus, 16 de outubro de 2024

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Foto: FAS/Divulgação
Foto: FAS/Divulgação Foto: FAS/Divulgação

Feira da FAS vende tambaquis da Reserva Mamirauá em Manaus

Peixe é da RDS Mamirauá, onde não há registros de rabdomiólise.

Com informações da assessoria

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Associação de Moradores e Usuários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá Antônio Martins (Amurmam) estenderam a Feira do Tambaqui de Mamirauá até a próxima sexta-feira (10/9), ou enquanto durar os estoque. O peixe é oriundo da RDS Mamirauá na região do Médio Solimões, onde, segundo a FAS, não há registros de casos de rabdomiólise.

Aproximadamente nove toneladas de peixe estão sendo comercializadas, com preços que variam entre R$ 8 e R$ 16.

O resultado da feira será revertido para mais de 100 pessoas, moradores das comunidades Catiti e Mangueira, ambas na RDS Mamirauá. Entre os beneficiários está Antônia da Silva Fernandes, 34 anos, mãe de cinco filhos e moradora da Comunidade do Mangueira. Dona Antônia, como é conhecida, vivencia todas as etapas do manejo de pesca, pois, segunda ela, as mulheres da comunidade “metem a mão na massa mesmo”:

“Nós somos um grupo de 30 pescadores à frente do manejo, sendo dez mulheres que ajudam a vigiar os lagos, colocam madeira, tratam o peixe, ao mesmo tempo que cuidam das casas e dos filhos”, disse.

O peixe é oriundo da RDS Mamirauá na região do Médio Solimões, onde, segundo a FAS, não há registros de casos de rabdomiólise. Foto: FAS/Divulgação

Todo peixe proveniente das Unidades de Conservação (UCs) carrega consigo a história dos moradores que, ao manejar, estão protegendo a floresta. De acordo com Antônia, a criação da reserva mudou a vida dos moradores.

“Antes da reserva, a gente não via essa fartura de peixes que a gente vê agora, porque tinha muito ilegal nos lagos. Hoje, a gente pôde trazer esses peixes aqui porque a reserva foi criada e o manejo criado”, reforçou.

“Com a reserva, a vida melhorou muito. A gente tá melhorando nossas casas, nossa moradia, a gente tem geladeira, televisão e podemos dar uma educação melhor para nossos filhos”, completou.

Conforme a pescadora, o grupo se esforçou para transportar o peixe para Manaus. “Foi muito trabalho e uma longa viagem para chegar aqui. Nosso peixe é de qualidade, que a gente se alimenta todos os dias. Então, pode vir comprar que a gente garante a qualidade”, destacou.

Foto: FAS/Divulgação

A feira

Os preços variam de acordo com o quilo: até 4 kg, são vendidos a R$ 8/kg; de 4,001 a 5 kg, por R$ 10/kg; de 5,001 a 6,999 kg, por R$ 13/kg e acima de 7kg R$ 16/kg.

No local não há tratamento de peixe, que são vendidos por inteiro.

A venda do tambaqui pela FAS tem autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), com apoio da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).

A feira é realizada na sede da FAS, em Manaus, localizada na R. A, 351, bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul.

Rabdomiólise

A FAS reforçou que os peixes vendidos na feira são oriundos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, localizada no Médio Solimões, na região dos rios Solimões e Juruá, que não estão na faixa territorial de incidência dos casos de rabdomiólise no Amazonas.

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