A Prefeitura de Manaus encerrou, na sexta-feira (29/10), a visitação à primeira Mostra de Arte Indígena de Manaus. A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e o Conselho Municipal de Cultura (Concultura) comemoraram os resultados da exposição.
A exposição, que estava no Palácio Rio Branco, Centro, integrou a programação comemorativa pelo aniversário de 352 anos da capital amazonense.
Nos 40 dias de exposição, 261 pessoas assinaram o livro de visitas – boa parte, moradora de Manaus -, além de visitantes de outros Estados e países.
“Pensamos inicialmente em criar um espaço e divulgar a arte e a presença indígena na cultura local, vencendo incompreensões, preconceitos e contribuindo para o acolhimento desses povos, que são nossa origem, com a valorização da nossa ancestralidade”, observou o presidente do Concultura, Tenório Telles.
Avaliação do evento
Para Tenório, a exposição alcançou muito mais que o objetivo inicial. A lista de visitantes, com pessoas oriundas da França, Portugal, Estados Unidos, Austrália, Japão, Coreia do Sul, China, entre outros, revelou que a exposição teve visibilidade internacional.
“As pessoas estão voltando progressivamente a frequentar os centros culturais, e a abertura de um novo espaço de exposições da cidade, num importante prédio histórico”, pontuou a curadora da mostra, Monik Ventillari.
A exposição colocou em evidência novos talentos das artes plásticas, genuinamente indígenas, que entram para a cena artística de Manaus. Conforme o Concultura, houve boa performance de venda das obras expostas, além de novas encomendas aos artistas.
Valorização
As irmãs Adriane, engenheira florestal, e Adrienne Foro, professora de espanhol, aproveitaram as últimas horas da mostra para conhecer o talento dos artistas e a variedade de estilos de pinturas e outras técnicas, como a marchetaria.
“Além de muito lindas, as obras têm o reconhecimento das culturas dos povos indígenas, que na minha opinião deveria ser mais valorizada”, observou Adriane.
De acordo com o artista dessana Jaime Diakara, a mostra apresentou à sociedade a arte indígena e sua identidade cultural.
“Me senti muito valorizado em fazer parte, de expressar meu conhecimento da nossa cosmologia dessana, por meio do desenho. Espero que essa não seja só a primeira mostra, mas que venham outras para dar visibilidade à arte indígena”, declarou Diakara.