Manaus, 27 de abril de 2024

Cultura

Foto: Altemar Alcântara/Semcom
Foto: Altemar Alcântara/Semcom Foto: Altemar Alcântara/Semcom

Centro Cultural Óscar Ramos é reaberto em Manaus

O agendamento de visitas pode ser feito a partir de segunda-feira (9/8).

Com informações da assessoria

O Centro Cultural Óscar Ramos foi reaberto, nessa quinta-feira (5/8), em cerimônia realizada pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). O espaço é instalado nas casas 69 e 77, da Rua Bernardo Ramos, no Centro Histórico de Manaus.

O agendamento para visitação do público começa na próxima segunda-feira (9/8), pelo site vivamanaus.com.

De acordo com o diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, o espaço passou por reparos para receber a população. Ele afirmou que o local segue todos os protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19.

“Estamos reabrindo um dos espaços culturais mais importantes da nossa cidade, que guarda a obra de um dos maiores nomes da arte contemporânea do Brasil. E neste período em que o local ficou fechado para visitação, por conta da pandemia, realizamos uma série de reparos”, disse.

Casas

As duas casas são consideradas como as mais antigas da cidade, e abrigam o museu que contém o acervo de um dos principais artistas amazonenses, Óscar Ramos, que morreu em junho de 2019. Obras como pinturas, escritos, produções, croquis, objetos pessoais, cartazes de cinema, capas de discos, mobílias utilizadas por Óscar, e capas de LPs, estão entre os artigos e objetos expostos no local.

Construídas em 1819, as casinhas, feitas à base de taipa – barro e madeira – e pedra, figuram entre as primeiras moradias de Manaus e carregam em sua arquitetura uma parte da história da cidade, do período colonial.

A casa 77 reabre ao público com parte do ‘Acervo de Arte Municipal da Coleção Pedra Fundamental’, que conta com obras de artistas renomados como Jair Jacqmont, Jandr Reis, Hellen Rossy, Buy Chaves, Marcos Romano, Nelson Falcão e Sebastião Alves.

Reabertura Centro Óscar Ramos. Foto: Altemar Alcântara/Semcom

Reabertura

Conforme o presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles, a reabertura do espaço celebra a história ímpar do artista, além de possibilitar o acesso às artes plásticas.

“Óscar Ramos é um dos artistas mais singulares do Amazonas. Sua obra tem projeção nacional. A reabertura do centro cultural em sua homenagem é um gesto de reconhecimento e valorização artística de Manaus. E também uma oportunidade de acesso às artes plásticas para a juventude de nossa cidade”, afirmou Telles.

A gestora do Centro Cultural Óscar Ramos, Monik Ventilari, comentou que a reabertura do espaço representa um marco para a cidade. Ela também destacou que o local contribui para divulgar os trabalhos dos artistas locais.

“O acervo do centro cultural, contempla cinema, criação, figurinos, fotografias, objetos pessoais, além das artes visuais, com obras do artista que difundiu o Amazonas para o mundo nas mais diversas mídias, e o acervo traz também obras da futura Pinacoteca de Manaus incentivando, promovendo e preservando os trabalhos dos artistas da nossa cidade”, explicou a gestora.

Antônio Ramos, primo do homenageado, se disse agradecido pela reabertura do espaço.

“Estou feliz em ver o centro cultural reaberto novamente, porque o Óscar Ramos era uma pessoa muito generosa com os artistas. Ele repassava essas experiências profissionais, por isso essa admiração dos artistas por ele. Era uma pessoa que rodou o mundo e conheceu grandes artistas. Ele merece essa homenagem. E eu, como familiar, estou agradecido pelo trabalho da Prefeitura de Manaus”, disse.

A cerimônia de reabertura foi realizada na quinta-feira (5/8). Foto: Altemar Alcântara/Semcom

Óscar Ramos

Óscar Ramos nasceu em Itacoatiara, a 269 quilômetros de Manaus, e é considerado um dos principais nomes das artes visuais no Brasil, tendo, inclusive, realizado trabalhos com grandes nomes da música brasileira, assinando capas de discos de Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Gal Costa, por exemplo, além de trabalhos premiados no exterior.

Ramos possui uma longa trajetória, composta por mais de 60 anos de produção, marcada pelo experimentalismo de apelo universal.

COMPARTILHE

error: Este conteúdo está protegido!