Manaus, 15 de setembro de 2024

Cinema

Filme ‘Pirarucu – o respiro da Amazônia’ concorre a premiação internacional

Filmado no Amazonas, a obra concorre na categoria ‘Sustentabilidade’.

Com informações da assessoria

O filme ‘Pirarucu – o respiro da Amazônia’ concorre a premiação internacional de cinema, que é considerada o Oscar da obra cinematográfica de natureza, o Panda Awards. Filmado no Amazonas, a obra concorre na categoria ‘Sustentabilidade’.

Com estreia mundial no Teatro Amazonas, em agosto de 2023, o filme mostra como o manejo sustentável do pirarucu é um forte mecanismo de proteção da região amazônica e dos povos da floresta.

Foto: Divulgação

PANDA AWARDS

Os mundialmente aclamados Panda Awards, considerados os ‘Óscares Verdes’ da indústria internacional de cinema e televisão sobre vida selvagem, estão no centro do Wildscreen Festival desde 1982.

A competição é composta por 14 categorias e três prêmios especiais, incluindo o cobiçado Golden Panda pela melhor produção geral.

“No filme ‘Pirarucu, o Respiro da Amazônia’, levamos o espectador a uma jornada única, explorando a notável história de resistência e autodeterminação dos moradores do Médio Juruá na Amazônia brasileira”, relatou a diretora do filme, Carolina Fernandes.

SOBRE O FILME AMAZONENSE

Pirarucu, o Respiro da Amazônia’ é idealizado e protagonizado por lideranças comunitárias do Rio Juruá e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá destacando os notáveis resultados dessa união entre o conhecimento científico e a sabedoria ancestral das populações tradicionais e indígenas.

O filme mergulha profundamente nas águas do Rio Juruá e na região de Mamirauá, oferecendo uma visão fascinante de como a união entre comunidades e natureza pode resultar em um equilíbrio delicado que salva espécies da extinção e preserva a majestade da floresta amazônica.

A obrea também mostra como a região do Médio Juruá saiu de um cenário de trabalho análogo à escravidão para se tornar um verdadeiro exemplo de desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Produzido pela Banksia Films com direção de Carolina Fernandes, produtora audiovisual radicada no Amazonas há 12 anos. O filme mostra como o manejo do pirarucu foi desenvolvido, destacando a importância do conhecimento tradicional aliado ao conhecimento técnico de pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

“Com o declínio da borracha e seus patrões, os moradores da região se organizaram e, incentivados pela luta por emancipação liderada por Chico Mendes, conquistaram a demarcação de Unidades de Conservação (UCs) e a comercialização da produção agroextrativista de forma mais autônoma e justa, banindo os atravessadores e criando associações próprias”, explicou a diretora.

Por meio da obra, o público também pode conhecer a história da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), que foi a primeira organização criada na região e até hoje é um grande exemplo para a Amazônia, coordenando as atividades no território com compromisso com a floresta e seus povos.

Além disso, o filme apresenta os resultados positivos dessa atividade no Médio Juruá. Em 11 anos, a população de pirarucu aumentou 55 vezes em lagos protegidos, fruto do manejo participativo do pirarucu e que gera uma importante fonte de renda, melhorando a qualidade de vida nas comunidades pela valorização dos produtos sustentáveis da floresta.

A logística para as filmagens foi bastante complexa e realizada em várias etapas, relatou a diretora. “Filmamos o manejo do pirarucu no médio Juruá por 10 dias. Após isso, tivemos filmagens de entrevistas com os parceiros da rede pirarucu em Manaus”, conta. “E, por fim, viajamos para Mamirauá por cinco dias, onde pudemos fazer entrevistas com os pioneiros pescadores de pirarucu da região, que iniciaram e implementaram o manejo dessa espécie na Amazônia”, lembrou.

CAROLINA FERNANDES

Carolina Fernandes é diretora e produtora audiovisual radicada no Amazonas há 12 anos.

Treinada pela indústria de televisão britânica e francesa, ela tem experiência na direção e produção de séries de TV e documentários com temática ambiental com créditos na BBC, National Geographic Channels, Smithsonian Channel, HBO, Netflix, Animal Planet, Arte France, dentre outros.

Além disso, Carolina é diretora da série do Discovery Science ‘Mysteries of the Abandoned’ na Amazônia. Produziu e atuou como diretora assistente no filme ‘Ex- Pajé’ (premiado no Festival de Berlim em 2018 e no festival É Tudo Verdade) e no filme ‘A Última Floresta’ (vencedor do prêmio do público na mostra Panorama da Berlinale em 2021), ambos dirigidos por Luiz Bolognesi. Seu trabalho se aproxima intimamente da Amazônia, sempre testemunhando a enorme capacidade dessa região de se preservar enquanto transforma a sua paisagem e o seu povo.

O filme é produzido por Banksia Films, produtora audiovisual de filmes com conteúdo para cinema e TV com atuação no mercado audiovisual brasileiro e internacional, oferecendo serviços de criação de conteúdo, produção e pós-produção de séries de entretenimento factuais, programas de entretenimento de alto perfil, documentários de realidade e de observação. É reconhecida no mercado nacional e internacional pela qualidade e solidez de seus projetos audiovisuais.

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