Manaus, 25 de abril de 2024

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‘Porto de Lenha’: Torrinho lança clipe de ‘hino’ manauara 30 anos após gravar música

Música é uma composição de Torrinho e do jornalista Aldísio Filgueiras.

Da redação

Após 30 anos, o cantor e compositor Zeca Torres, mais conhecido como Torrinho, regravou ‘Porto de Lenha’, música que se tornou uma espécie de ‘hino’ manauara. Com novo arranjo focado em vocais, a versão conta com a participação do grupo Subversos. A canção também ganhou um clipe, lançado no YouTube nesta quarta-feira (17/3). Clique no ícone sobre a foto que abre esta matéria e assista.

‘Porto de Lenha’ é uma composição de Torrinho e do escritor e jornalista Aldísio Filgueiras. A música foi concebida nos anos 1970 e gravada por Torrinho em vinil em 1991 em seu primeiro álbum solo.

Torrinho e o grupo Subversos. Foto: Divulgação

A canção faz uma crítica às transformações feitas em Manaus no final do século 19, o período áureo da borracha na Amazônia. As marcas dessas mudanças estão em todo o Centro Histórico da capital, inclusive no seu porto flutuante sobre o Rio Negro, construído pelos ingleses.

Desse período, Manaus herdou o apelido de Paris dos Trópicos, mas nunca deixou de ser cabocla. Daí a frase: o índio e o caboclo jamais terão cara sardenta e olhos azuis, apesar das influencias inglesas.

“Porto de Lenha é uma canção datada, que compus nos anos 70, quando muitos turistas ainda aportavam de seus cruzeiros em navios na capital em busca de gastar seus Cruzeiros ($) em quinquilharias importadas no porto livre da Zona Franca. Apesar de antiga, ainda hoje é muito cantada, inclusive por jovens que nem eram nascidos quando foi composta. É considerada uma espécie de ‘hino informal’ de Manaus”, cita Torrinho, que também é jornalista e publicitário.

Torrinho. Foto: Divulgação

Desde seu lançamento, ‘Porto de Lenha’ já foi interpretada por diversos artistas do Amazonas e de outros estados como Márcia Siqueira, Karine Aguiar, David Assayag, Raízes Caboclas, Zezinho Côrrea, Cláudio Nucci, Boca Livre e Nilson Chaves. A música também ganhou diferentes ritmos, como jazz, rock e sertanejo.

“Porto de Lenha, para mim, é uma canção extremamente importante para nossa região amazônica com uma mensagem genial. Primeira vez que ouvi em Manaus foi com o grupo Raízes Caboclas e posteriormente com o Zeca Torres, foi extremamente emocionante ver o público todo cantando junto. É uma música linda, letra maravilhosa e é sempre muito legal poder ouvir essa canção”, destaca o cantor compositor paraense Nilson Chaves.

“Porto de Lenha se tornou um hino de resistência cultural, um chamado para a valorização do que é nosso! Não precisamos ser Liverpool, precisamos ser o que somos”, afirma a cantora amazonense Márcia Siqueira.

Torrinho e o grupo Subversos. Foto: Divulgação

Clipe

O clipe de Porto de Lenha é repleto de imagens de Manaus, especialmente do porto da cidade.

A gravação do clipe teve direção e roteiro de Rodrigo Séllos, produção de Ana Priscilla Santos e contou com o apoio do Prêmio Feliciano Lana, organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC-AM), Marjom, Fiocruz, Amazonas Cultura de Valor, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e governo federal.

O clipe foi lançado no canal Porto de Lenha Produções no YouTube: www.youtube.com/c/portodelenhaproducoes. Assista, abaixo:

A música conta com arranjos do compositor e arranjador Paulo Malagutti Pauleira, que também fez o piano. Os músicos Alex Rocha e Diego Zangado também participaram no contrabaixo e bateria, respectivamente.

A nova versão da música também ficará disponível em todas as plataformas de músicas como Spotify, Deezer, entre outras.

Subversos

A nova gravação trouxe a jovialidade do Subversos, um grupo vocal carioca que une música brasileira, percussão corporal, improvisação e outras formas inusitadas de se fazer música. O som do grupo é formado por dez vozes, entre femininas e masculinas. Os componentes usam a percussão corporal.

O Subversos foi fundado em 2013, no Rio de Janeiro, por Nayana Torres e Bia Santoro. A trajetória do grupo inclui diversos shows, shows-oficina, prêmios, participação em concursos, além da presença em programas de TV.

O grupo conquistou o 3º Lugar no Concurso de Novos Grupos Vocais do Brasil Vocal, Promovido pelo CCBB RJ, em dezembro de 2014. Também foi semifinalista da competição no quadro à Capella, exibido ao vivo no programa Domingão do Faustão, da Rede Globo, em março de 2016.

Pela qualidade musical e inovação, o Subversos recebeu reconhecimento do seu trabalho por artistas consagrados na MPB, como Chico Buarque, Joyce Moreno, Zé Renato, Tom Zé, dentre outros.

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