O Museu da Amazônia (Musa), em Manaus, reabre para visitação nesta segunda-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher. O espaço preparou uma novidade: a exposição inédita ‘Aracnídeos Amazônicos’. A mostra conta com 16 espécies, entre elas aranhas e escorpiões.
Por conta das medidas contra o contágio pela Covid-19, para visitar o Musa, é preciso fazer agendamento.
Exposição inédita
Segundo o Musa, uma valorosa diversidade de aracnídeos amazônicos vivos pode ser vista de perto no museu.
“A riqueza da exposição se distingue de outras já apresentadas porque os aracnídeos, em geral, têm hábitos noturnos e poderão ser vistos de dia, em terrários preparados para reproduzir o habitat natural”, destacou o Museu da Amazônia.
A exposição ‘Aracnídeos Amazônicos’ é coordenada pelo Zoólogo Ms. Thiago Carvalho e é inédita na região Norte do Brasil.
“Estamos realizando pesquisas científicas de história natural sobre comportamento, crescimento e desenvolvimento ontogenético das espécies de aracnídeos amazônicos. Algo extremamente importante para conhecimento deste grupo, tão pobre em informações”, ressaltou Carvalho.
O Museu da Amazônia informou que a exposição com fins científicos e educacionais tem autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
‘Aracnídeos Amazônicos’ apresenta Aranhas Armadeiras e Caranguejeiras (Acanthoscurria, Theraphosa, Avicularia), Amblipigios, Opilião (Amazochromo Carvalhoi), Telyphonidos e Escorpiões.
Os visitantes do Museu da Amazônia poderão conhecer as espécies e principalmente ter acesso às pesquisas com dados sobre o comportamento e o desenvolvimento que compõe a história natural dessas espécies, todas presentes na Reserva Florestal Adolpho Ducke, fragmento da Floresta Amazônica em Manaus.
“Entre os aracnídeos temos algumas informações já disseminadas popularmente mas que não são tão verdadeiras, são tipo fakenews. É como a informação de que a maior aranha do mundo em massa corporal, a Aranha-golias (Theraphosa blondi) é capaz de comer pássaros, o que não é tão verdade”, explica Carvalho.
A exposição traz um exemplar de Theraphosa blondi para os visitantes conhecerem. Em destaque nos terrários estão ainda a fêmea de Escorpião Amazônico (Tityus metuendus).
A novidade poderá ser conhecida no prédio ao lado do fungário, na trilha branca, que fica no caminho para a torre de observação do Musa.
Confira a legenda das fotos:
A) Armadeira amarela (Phoneutria reidyi)
B) Escorpião preto (Brotheas amazonicus)
C) Amblipígeo amazônico (Heterophrynus longicornis)
D) Escorpião vinagre (Thelyphonellus amazonicus)
E) Opilião (Poecilaemula larvarrei)
F) Opilião (Amazochroma carvalho)
G) Escorpião marrom Tityus matuendus)
H) Aranha Golias (Theraphosa stirmi)
Agendamento
Agora, só é possível acessar a área interna do Musa após agendamento. Os interessados precisam enviar e-mail para: [email protected].
As atividades do nascer do sol, pôr do sol e passarinhar também precisam ser agendadas.
De acordo com o Musa, o agendamento visa “manter o controle do número de pessoas nas dependências do museu”.
Os dias de funcionamento foram alterados. Neste período, o Musa está abrindo apenas de segunda a sexta-feira. O espaço permanece fechado aos fins de semana.
Protocolos
O Musa afirmou que está seguindo todas as normas sanitárias necessárias para manter o distanciamento social e a segurança de colaboradores e visitantes.
Para acessar o espaço interno do museu, é obrigatório o uso de máscara e calçado fechado (tênis ou bota).
