Manaus, 19 de abril de 2024

Literatura

Foto: Oliveira Júnior/Manauscult
Foto: Oliveira Júnior/Manauscult Foto: Oliveira Júnior/Manauscult

João do Rio e Thiago de Mello são homenageados no Dia do Livro pela Prefeitura de Manaus

O evento contou com homenagens e recital de poemas.

Com informações da assessoria

No Dia Internacional do Livro, comemorado nesta sexta-feira (23/4), os escritores João do Rio e Thiago de Mello foram destaque em uma live realizada pela Prefeitura de Manaus. O evento contou com homenagens e recital de poemas.

A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e o Conselho Municipal de Cultura (Concultura) promoveram a live. A abertura foi feita pelo presidente da Manauscult, Alonso Oliveira.

Segundo Oliveira, o programa de governo do prefeito David Almeida tem, na educação e promoção da cultura, pilares de sua gestão. Ele também citou um dos ícones da literatura brasileira, Monteiro Lobato, na abertura do evento cultural.

“Uma das frases mais citadas pelo grande escritor Monteiro Lobato tem como fundamento sua percepção de que o pressuposto para a construção de uma nação esclarecida e cidadã é o conhecimento. Por isso: afirmava: ‘Um país se faz com homens e livros'”, disse.

Alonso Oliveira e Tenório Telles. Foto: Oliveira Júnior/Manauscult

A programação da manhã contou com uma palestra do presidente do Concultura, Tenório Telles, que teve como tema ‘Thiago de Mello – uma vida comprometida com o ser humano e a poesia’. Ele lembrou intelectuais da história mundial, como Platão e São Paulo, o apóstolo.

“O poema ‘A vida verdadeira’, que abre o livro ‘Faz escuro mas eu canto’, de 1965, é uma clara evidência dessa arte de juntar o barro das vivências, os mecanismos subjetivos do ser humano e a engenhosidade criativa”, disse Telles, sobre a obra do poeta Thiago de Mello, nascido no município de Barreirinha, no Amazonas.

O recital lírico ficou por conta do ator Leonardo Novelino, gestor do Museu de Manaus, que interpretou os poemas ‘Cantiga quase de roda’ e ‘A rosa branca’, do livro ‘Melhores Poemas de Thiago de Mello’ e ‘Seleção’, de Marcos Kruguer; além dos poemas ‘O canto libertador’, de José Seráfico, e ‘Uma flor para Drummond’, do livro ‘Acerto de Contas’, de Thiago de Mello.

Encerrando a sessão da manhã, o vice-presidente do Concultura, Neilo Batista, declamou o poema ‘Canção da Esperança’. De acordo com o conselho, foi “um brado em socorro às pessoas que sofrem pela falta de empatia nos dias atuais pelo antagonismo radical de ideias e crenças”.

“Neste tempo de morte e de sombras, de guerras e de campos devastados ergo este canto para celebrar a vida e os que tombam pela liberdade”, bradou Batista.

João do Rio

Encerrando a programação comemorativa ao Dia do Livro, o professor e escritor José Seráfico palestrou sobre um dos homenageados deste ano, João do Rio, pseudônimo literário do imortal João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto (1881 a 1921, Rio de Janeiro), que fez carreira como jornalista, cronista, contista e teatrólogo.

O escritor trabalhou em vários jornais com grande popularidade. “Sagrando-se como o maior jornalista de seu tempo”, destacou o Concultura.

O jornalista usou vários pseudônimos, além de João do Rio, entre eles: Claude, Caran d’Ache, Joe, José e Antônio José. Como homem de letras, deixou obras de valor, sobretudo como cronista, sendo o criador da crônica social moderna.

Como teatrólogo, teve destaque com a peça ‘A bela madame Vargas’, representada pela primeira vez em 22 de outubro de 1912, no Teatro Municipal de São Paulo (SP). À época de sua morte, era diretor do diário ‘A Pátria’, dedicado aos interesses da colônia portuguesa, que fundara em 1920.

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