O Boi Caprichoso entregou o ‘Livro da Toada, uma antologia Caprichoso’ para a nação azul e branca, no último domingo (31/10). A obra reúne a história musical de quatro décadas do bumbá. O lançamento aconteceu no curral Zeca Xibelão, em Parintins, e o Boi prepara um evento para apresentar a publicação em Manaus.
A organização do livro leva as assinaturas do conselheiro de arte Diego Omar da Silveira, e do diretor de mídias digitais Roberto Sena.
Foram catalogadas 744 toadas dos anos de 1980, 1990, 2000, 2010 e adição do ano de 1977.
Durante a solenidade de lançamento, três ex-marujeiros que ilustram a capa do livro chamados, carinhosamente de Marina, Calango e Buião, foram homenageados.
Os fotógrafos do Boi Caprichoso, Pedro Coelho e Arleison Cruz, também receberam um exemplar, já que algumas imagens que ilustram o livro são de autoria dos profissionais.
O ex-diretor da Marujada, Flávio Lima, e o compositor Geovana Bastos também foram agraciados com o livro.
Compositores – como Raimundinho Dutra, Carlos Paulain, José Carlos Portilho, Simão Assayag, Ronaldo Barbosa, Adriano Aguiar e Geovane Bastos – foram citados no evento.
Na sessão de autógrafos, o professor Diego Omar da Silveira afirmou que a ideia é que o livro chegue a cada torcedor apaixonado pelo Boi Caprichoso. Ele agradeceu o presidente do bumbá, Jender Lobato, pela confiança e adiantou que novos projetos serão anunciados em breve.
“Esse é só o primeiro passo. Vem aí o livro das indumentárias, o livro das alegorias, vem o livro de memórias do Boi Caprichoso. A nação azul e branca tem muito a se orgulhar de mais um ano histórico”, disse.
Conforme Roberto Sena, a equipe trabalhou no desenvolvimento da obra por seis meses, durante a pandemia da Covid-19. Foram 204 dias de trabalho, do dia 24 de janeiro de 2021 a 16 de agosto.
Ele contou que já catalogava as toadas desde 2005, quando foi convidado para fazer parte do projeto.
“O livro nasceu de uma ideia antiga que tive em meados de 2006, mas que nunca eu concretizara. Todavia, durante o período de pandemia da Covid-19, resolvi aceitar o desafio proposto pelo presidente do Conselho de Arte, Ericky Nakanome, e pelo professor Diego Omar, que assina a obra comigo. Redescobri meu arquivo que vinha alimentando desde o ano de 2005, e me debrucei a pesquisar mais sobre a história literomusical do Boi-Bumbá Caprichoso, no qual resultou em 744 letras de toadas catalogadas entre os anos de 1984 a 2020, com alguns achados do ano de 1977”, relembrou.
O livro é resultado de um projeto contemplado pelo Prêmio Encontro das Artes, que recebeu recursos da Lei Aldir Blanc.
