Manaus, 29 de março de 2024

Literatura

Foto: Divulgação
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‘Andurá’: na véspera do aniversário, João de Jesus Paes Loureiro lança obra em evento virtual

Escritor paraense é um dos ícones da literatura brasileira pós-moderna.

Com informações da assessoria

O escritor, poeta e professor universitário João de Jesus Paes Loureiro completa 82 anos nesta quarta-feira (23/6). Em comemoração à data, nesta terça-feira (22/6), o paraense fará o lançamento virtual do seu novo livro, ‘Andurá’, pela Editora Valer. O evento ocorrerá às 19h.

A live de lançamento será transmitida pelo Instagram da cantora Lia Sophia (@liasophia). O evento também contará com um bate-papo sobre outras obras do autor, como o ‘Cultura amazônica: uma poética do imaginário’ e ‘Triádicos’.

Escritor João de Jesus Paes Escritor é um dos ícones da literatura brasileira pós-moderna. Loureiro. Foto: Divulgação

Obras

João Paes Loureiro é um dos ícones mais expressivos da literatura brasileira pós-moderna. De acordo com a Valer, a poética do escritor se sobressaiu com a introdução da modernidade na literatura paraense.

“A poesia de João Paes Loureiro revela uma visão de mundo marcada por intenso humanismo e por uma capacidade compreensiva da realidade que o cerca acima dos padrões do normal e fora do âmbito da simples experimentação”, ressalta a Editora.

Dentre a vasta obra do escritor, natural do Pará, destacam-se Porantin (1979), Deslendário (1981), Cantares amazônicos (1985), Altar em chamas (1989), Elemento de estética (1989) e ‘Cultura amazônica – uma poética do imaginário”=’ (1991), resultado da tese de doutorado do escritor elaborada em 1990, em Sorbonne, Paris, França.

Além do universo mítico, da cultura e história social da Amazônia, o poeta também se interessa por temáticas que tratam do mundo como um todo e da própria poesia (metalinguagem). Suas experiências de vanguarda lhe renderam prisões, perseguições e até tortura, durante o regime militar, no período de 1964 a 1976.

Premiações

A qualidade da produção literária de Paes Loureiro lhe proporcionou várias premiações como o Primeiro Prêmio do Serviço Nacional de Teatro (1976) pela peça Ilha da Ira, o Prêmio INACEN/MEC (1977) por Procissão do Sayrê, o Prêmio de Poesia (1994) da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) pela obra Altar em chamas e o Prêmio Jabuti (1998) por Romance das três flautas ou de como as mulheres perderam o domínio sobre os homens (1987).

Conforme a Valer, a consciência social e o moderno apelo ecológico que João Paes Loureiro demonstra em sua obra são frutos de um amor incondicional pela Amazônia. “Loureiro “come, bebe e respira” a Amazônia. Em suas veias corre o sangue do orgulho nativo que pulsa ao ritmo da correnteza dos rios da região. Sua imaginação, povoada pelas criaturas fantásticas do folclore amazônico, flutua sobre a mata verde e virgem do Norte brasileiro e faz surgir à sofisticada e infindável epopeia que declara o amor do escritor pela misteriosa região onde plantou suas raízes”, destaca.

Breve biografia

Nascido em Abaetetuba, no Estado do Pará, em 23 de junho de 1939, João de Jesus Paes Loureiro passou a infância e adolescência às margens do rio Tocantins e atualmente mora em Belém, capital do Pará.

O contato íntimo com o ambiente amazônico desde cedo foi responsável por fazer florescer o dom da poesia no autor, que se revelaria um dos maiores destaques da literatura paraense.

Formado em Direito, Letras, Artes e Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Loureiro é professor de Educação Artística, Filosofia e Comunicação na mesma instituição. Possui títulos de Mestre em Teorias Literárias e Semiologia e de Doutor em Sociologia da Cultura.

Já atuou na Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém, na Secretaria de Cultura do Pará e na Secretaria de Educação do Pará. Foi superintendente e criador da Fundação Cultural do Pará – Tancredo Neves, bem como fundador e presidente do Instituto de Artes do Pará (IAP).

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