Manaus, 24 de abril de 2024

Gastronomia

Fotos: Divulgação
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Tecnóloga desenvolve caldo em pó derivado de resíduos do camarão em Manacapuru, no AM

Segundo a UEA, O produto não leva conservantes.

Egressa do curso de Tecnologia em Alimentos do Núcleo de Ensino Superior de Manacapuru da Universidade do Estado do Amazonas (NESMPU/UEA), Sigrid Nara Ruiz, desenvolveu o ‘Eco Sabor de Manacá’. Conforme a tecnóloga, o projeto consiste na elaboração de um caldo em pó desenvolvido a partir dos resíduos do camarão.

Segundo a UEA, o produto não contém conservantes e pode consumido em alimentos à base de crustáceos. No projeto desenvolvido por Sigrid Nara, os resíduos do camarão, matéria-prima geralmente descartada, passa por vários processos, como métodos de sanitização dos resíduos e de desidratação, para garantir a qualidade e o tempo de vida útil do caldo em pó.

O procedimento, que leva cerca de 90 dias para alcançar os resultados esperados, prolonga a validade do produto, dispensando assim o uso de conservantes. Por fim, o produto é triturado até alcançar a granulometria dentro do padrão adequado para a utilização.

Sigrid é professora de Produção de Alimentos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e conta que uma das marcas formativas da instituição é despertar nos alunos a atitude sustentável, por isso, foi proposto ao curso o desperdício de alimentos como tema.

Com essa proposta em mente e tendo em vista que de julho a outubro acontece a sazonalidade comercial de um grande volume de camarão no município, o curso se motivou a desenvolver o projeto.

Por ser um produto recém-lançado, o caldo em pó não está disponível no mercado, precisando antes passar por etapas como análises físico-químicas, registro de marca e patente, abertura de empresa, entre outras, mas deverá estar à venda em breve.

Apesar do trabalho não ser oriundo de pesquisa científica, a egressa da UEA acredita que o caldo em pó é um produto com o mesmo valor acadêmico, pois além do contexto de inovação, segue critérios e etapas adotados em um processo de elaboração de produto tecnológico em alimentos.

A tecnóloga em alimentos acredita que o trabalho pode ser um fator de motivação para muitas pessoas que atuam no campo dos alimentos, e constituir um exemplo de potencial inovador e científico do amazonense.

“O curso de Tecnologia em Alimentos que frequentei na UEA foi uma experiência importantíssima em minha trajetória. Foi quando eu pude experimentar uma riqueza de conhecimentos e descobrir minha verdadeira vocação. Sou muito grata aos professores com quem obtive o conhecimento que hoje fundamenta minha atuação profissional e docente, nesta área tão apaixonante que é a Tecnologia de Alimentos. Portanto, é significativa a contribuição da UEA em minha formação”, finalizou Sigrid Ruiz.

Como consumir

Nas carapaças do camarão se concentram o aroma e o sabor do crustáceo. Portanto, o produto pode ser utilizado para realçar preparações à base de crustáceos, como risoto, creme de camarão, sopas, caldos, entre outros, acentuando o aroma e o sabor de camarão no prato.

Por que ‘Eco Sabor de Manacá’?

A primeira parte do nome, ‘Eco’, reflete a essência ecológica e sustentável do produto, visto que tem como matéria-prima os resíduos de camarão geralmente descartados. ‘Sabor de Manacá’ é uma homenagem à região de Manacapuru, município onde o produto foi originado.

De acordo com a UEA, o nome do projeto busca refletir a natureza local e entrar em consonância com o produto desenvolvido, por ser sustentável e, além de trazer o sabor regional, agregar e acentuar esse sabor em outras preparações gastronômicas.

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