Manaus, 18 de abril de 2024

Dança

Foto: Dheyson Lima/Arte Sem Fronteiras
Foto: Dheyson Lima/Arte Sem Fronteiras Foto: Dheyson Lima/Arte Sem Fronteiras

Coreógrafo amazonense vai ministrar oficina de boi-bumbá, carimbó e ciranda no Panamá

Wilson Júnior é fundador da Instituição Cultural Arte Sem Fronteiras.

Com informações da assessoria

O coreógrafo amazonense Wilson Júnior, fundador, diretor e produtor cultural da Instituição Cultural Arte Sem Fronteiras, vai ministrar oficina de danças brasileiras no Panamá. As aulas terão início na segunda-feira (6/6) e seguem até 12 de junho de 2022.

A proposta foi aprovada pela Embaixada do Brasil no Panamá e o artista vai levar oficinas de carimbó, boi-bumbá e ciranda para duas universidades, além de grupos de danças folclóricas do Panamá.

A oficina seria realizada em novembro de 2021, mas por conta da pandemia, as aulas não puderam ser realizadas. Wilson está confiante na realização desse trabalho agora em 2022.

“Infelizmente as coisas não saíram como foi planejado, mas estou forte e motivado para este novo momento. Tudo neste processo é muito atual, afinal, é a maior projeção da dança da região Norte do Brasil no exterior. Com este trabalho, é possível romper fronteiras. Será uma grande novidade, tendo em vista que os artistas do Panamá carregam uma bagagem cultural rica e muito expressiva e amor ao folclore”, disse.

Foto: Dheyson Lima/Arte Sem Fronteiras

O artista também fez questão de levantar bandeira em prol do folclore popular brasileiro em especial aos bois de Parintins, principalmente do Boi Garantido, onde foi recentemente contratado.

“Neste encontro com a comunidade, vamos aprender juntos o valor das nossas tradições e dos nossos saberes regionais. O folclore está em tudo ao nosso redor, nas brincadeiras de rua, na alegria da ciranda, nas Folias de Reis, nos Congados, no pai que ensina ao filho os antigos conhecimentos dos avós, nas adivinhações e crendices, nas músicas que representam as manifestações culturais de cada lugar, nos trajes que representam a força e a tradição de ensinamentos que perpassam gerações, enfim, o folclore está em nossa vida e faz parte do que somos. Preservar, divulgar e valorizar a identidade do nosso lugar e as nossas tradições, esse é o compromisso daqueles que se dedicam a manter essa chama artística e cultural sempre acesa”, reitera.

A contribuição artística de Wilson movimenta a cena no Amazonas. O coreógrafo já foi convidado para produções que dialogam com a contemporaneidade. O trabalho com a cultura afrodescendente também é bem presente em suas produções.

Biografia

Wilson Júnior vem representando o Amazonas com trabalhos de projeção da cultura popular do norte do Brasil. Em seu currículo traz apresentações construídas para os festivais Toronto Brazilfest no Canadá, Festival da cultura brasileira na Áustria e participação como oficineiro no Internacional Samba Congress de Los Angeles (EUA).

O coreógrafo é formado pela Universidade do Amazonas (UEA) e Mestrando do curso Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Recentemente, o artista conquistou premiação no Festival de Dança de Joinville na categoria Danças Populares e desenvolve uma pesquisa profunda das danças populares do Norte do Brasil, além de ser o atual coreografo da Associação Folclórica Boi Bumbá Garantido e membro do Cioff (Conselho Internacional de Organizações de Festivais de Folclore e Artes Tradicionais).

Além disso, ele soma participações no Festival Folclórico de Parintins, pelo Boi Caprichoso como coreografo, o Festival de Dança do Amazonas e participou de várias apresentações ao lado de artistas como James Rios, Márcia Siqueira, Klinger Araújo (In Memorian), Encanto Vermelho e Paulinho Faria (In Memorian), Marcia Novo, Zezinho Correa (In Memoriam), Lucilene Castro e David Assayag.

O artista também vem desenvolvendo a Oficina Boi de Quilombo. Esse trabalho é voltado a cultura popular que conquistou o Nordeste passando por cidades como Fortaleza (CE), Maracanaú (CE), João Pessoa (PA) e Recife (PE).

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