Manaus, 28 de março de 2024

Cultura

Fotos: Waldir Santana/Arquivo pessoal
Fotos: Waldir Santana/Arquivo pessoal Fotos: Waldir Santana/Arquivo pessoal

Ex-pajé do Caprichoso usa técnica de tecedura para driblar crise imposta pela pandemia

Waldir Santana cria itens de decoração, cocar, adereços, entre outras peças.

Da redação

O artista parintinense Waldir Santana, ex-pajé do Boi Caprichoso, tem criado itens de decoração, cocar, adereços, entre outras peças, por meio da técnica de tecedura (macramê). A ideia surgiu durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Com isso, Waldir vem conseguindo driblar as dificuldades por meio da arte.

O parintinense aprendeu a técnica da tecedura aos 15 anos, com a mãe. “Tive que buscar no passado o que sabia fazer de melhor. Poderia construir cocar e adereços, mas o mercado é muito grande em Parintins e tinha muita gente fazendo. Aí me lembrei do macramê. Não foi fácil e não está sendo fácil. Por meio dessa arte, consigo fazer umas peças e tirar um lucro”, explica.

O artista tem produzido diferentes itens. “É possível produzir tapetes, porta-garrafas, centro de mesas e luminárias, as que mais gosto. Uma obra de pequeno porte leva, no máximo, dois dias. A luminária leva uma semana e meia, principalmente quando varia da quantidade de nós utilizados. Tem o nó básico, o nó borboletinha, o zigue-zague, além de uma infinidade de técnicas. Depende muito do que está fazendo”, diz.

Fotos: Waldir Santana/Arquivo pessoal

Waldir Santana está entre os artistas contemplados pela Lei Aldir Blanc, por meio da Prefeitura de Parintins, com apoio do governo federal.

No futuro, o artista deseja promover uma oficina com técnicas de macramê voltada aos figurinistas do Boi Caprichoso. Em 2022, caso o Festival de Parintins seja realizado, ele fará uma exposição com suas obras.

Trajetória

Natural de Parintins, Waldir Santana começou a trajetória confeccionando peças de artesanato em seu ateliê.

Durante 30 anos, ele defendeu o item pajé pelo Boi Caprichoso, sendo reconhecido por introduzir novos elementos nas apresentações do Festival Folclórico de Parintins, como a utilização de pirotecnia e o aprimoramento da dança tribal.

Waldir Santana também é coreógrafo e figurinista, sendo responsável por grande parte de suas fantasias usadas na trajetória como pajé do bumbá azul e branco.

Ele deixou o cargo em 2016, mas vem contribuindo com o Boi Caprichoso em outros setores da agremiação.

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