Manaus, 28 de março de 2024

Amazônia

Fotos: Divulgação
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Loja virtual ‘Jirau da Amazônia’ oferece produtos de 339 artesãos do AM

E-commerce surgiu de parceria entre tradicionais, FAS e Americanas.

Da redação

A loja virtual ‘Jirau da Amazônia’ oferece produtos de 339 artesãos do Amazonas. O e-commerce surgiu de uma parceria entre comunidades tradicionais, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Americanas.com.

O catálogo digital inclui fruteiras, cestos, jogos americanos, abanos, colares, pulseiras, bolsas, luminárias, redes e óculos. Os valores variam de R$ 20 a R$ 754. Também há cobrança de tarifas pelo frete.

Segundo a FAS, todo o valor das vendas é repassado aos artesãos, sendo que parte é usado em custos de embalagem, transporte, impostos e tributos. “A Americanas.com não fica com nenhum valor”, afirma.

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Os clientes podem adquirir os produtos, feitos de sementes naturais, fibras e madeiras reaproveitadas da floresta, pelo link https://www.americanas.com.br/marca/jirau.

As vendas em plataformas digitais têm sido aliadas dos artesãos ribeirinhos e indígenas do Amazonas. Segundo a FAS, esses profissionais faturaram mais de R$ 70 mil entre junho de 2019 e dezembro de 2020.

O grupo é formado por 339 artesãos de 20 comunidades tradicionais do Amazonas. Segundo o coordenador de Empreendedorismo da FAS, Wildney Mourão, 278 famílias são beneficiadas com a iniciativa. Para a instituição, o ‘Jirau’ contribui para alavancar o empreendedorismo amazônico e se comprovou fundamental diante do cenário desafiador instalado pela pandemia do coronavírus.

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“O e-commerce é importante, sobretudo nesse momento em que vivemos, sem poder realizar feiras comerciais ou participar de eventos presenciais. A plataforma digital é fundamental para os artesãos terem acesso ao mercado e, assim, continuarem produzindo e vendendo seus artesanatos”, afirma Wildney.

A partir do resultado positivo no ano passado, a FAS e Americanas já estudam novas possibilidades para 2021. “Estamos com uma curva de aprendizado importante com o Jirau. Queremos ampliar o leque para produtos da floresta e produtos sustentáveis, que tenham conexão com insumos da floresta e os empreendedores. A ideia é diversificar no futuro e incluir o segmento de alimentação e bebidas”, adianta o coordenador de Empreendedorismo da FAS.

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Da floresta para a internet

O indígena Joarlison Garrido Melo, da etnia Baré, é um dos artesãos do ‘Jirau’. Ele é representante do grupo de artesanato Surisawa, na comunidade indígena Nova Esperança, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista.

“Essa nova forma de comércio tem proporcionado grandes resultados e possibilitando a oportunidade de divulgar e vender nossos ecoprodutos para o Brasil, com uma boa aceitação no mercado. Isso nos torna um grupo cada dia mais forte, com novas projeções e perspectivas”, ressalta o empreendedor.

Joarlison acredita que a iniciativa veio para concretizar a iniciativa de trabalhar com sustentabilidade dentro das Unidades de Conservação (UCs). “Aqui, estamos sempre procurando inovação, novas parcerias e alternativas de comércio. O ‘Jirau’ trouxe isso, a chance de trabalhar com o princípio da sustentabilidade e utilizar somente o necessário e da forma correta”, diz.

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Além do Surisawa, os grupos de artesãos do Jirau são: Entrelaçando Gerações, da comunidade ribeirinha Tumbira, também na RDS do Rio Negro; o Grupo Banzeiro, de quatro comunidades de Maués; o Formiguinhas do Saracá, da comunidade do Saracá, na RDS do Rio Negro; o Teçume D’Amazônia, da comunidade São João de Ipecaçu, na RDS Amanã; o Molongó, da comunidade de Nova Colômbia, na RDS Mamirauá; e Associação Zagaia Amazônia, de Manaus.

Toda a ação do Jirau recebe apoio do Fundo Amazônia/BNDES e cooperação estratégica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), responsável pela gestão das Unidades de Conservação (UC) do estado do Amazonas.

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