Manaus, 28 de março de 2024

Amazônia

Foto: Divulgação/Secom
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Abacaxi de Novo Remanso é declarado patrimônio imaterial do Amazonas

Em 2019, 73% dos abacaxis produzidos no Amazonas foram provenientes de Novo Remanso.

Da redação

O cultivo de abacaxi de Novo Remanso, em Itacoatiara, no Amazonas, foi declarado, em novembro, como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Amazonas. Em junho, o fruto já havia recebido o selo de Indicação Geográfica (IG), na categoria Indicação de Procedência (IP), do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

O selo de IG é um reconhecimento do Inpi, publicado na ‘Revista da Propriedade Industrial’, que chegou como um incentivo para a Associação dos Produtores de Abacaxi da Região de Novo Remanso (Encarem). O registro engloba o cultivo do fruto nas localidades de Novo Remanso e Vila do Engenho, em Itacoatiara; Santa Luzia da Manápolis, zona rural de Rio Preto da Eva; e São Francisco do Caramuri, zona rural de Manaus. As informações são da Encarem.

Os agricultores que trabalham com este cultivo recebem apoio do governo do Amazonas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado (Idam) e da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). Dos 94,3 milhões de abacaxis produzidos no Amazonas no ano passado, 68,9 milhões (73%) foram provenientes do distrito de Novo Remanso, considerado o maior produtor de abacaxi do Estado. Os dados são do Relatório de Atividades Trimestrais do Idam, que indica ainda que a região possui atualmente uma área plantada estimada em 3 mil hectares e cerca de 1,3 mil produtores rurais trabalhando com a atividade.

“Inegavelmente, o abacaxi do Amazonas, sobretudo do Novo Remanso, tem uma baixa acidez e é um produto diferenciado, muito doce, reconhecido pelo consumidor do Amazonas. E a partir da Identificação Geográfica daquela região, garantindo a procedência desse produto diferenciado, certamente esses produtores serão mais reconhecidos e valorizados”, frisou o titular da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior.

Para o gerente do Idam em Itacoatiara, Luciano Lobo Pinheiro Vaz, a lei é um reconhecimento que se traduz em motivo de orgulho para o Amazonas e para os amazonenses que apreciam o abacaxi.

“Isso estimula o produtor a cada vez mais procurar práticas de manejo adequado para o cultivo, porque agrega valor ao fruto e garante qualidade ao consumidor. Enfatizo que este reconhecimento irá valorizar ainda mais a cultura local. Portanto, isso só foi possível porque os produtores usaram técnicas de qualidade, fazendo com que o produto final apresentasse um ótimo sabor e baixa acidez”, comemora Luciano Vaz.

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